O Dilema do Lucro Compartilhado: A Crise Estrutural dos Estúdios de Anime e o Modelo do Comitê de Produção A indústria japonesa de animação, celebrada por seu crescimento global contínuo e pela capacidade de gerar franquias multibilionárias como Demon Slayer e One Piece , esconde uma profunda crise estrutural que atinge diretamente os estúdios de produção. Conforme revelado pelos relatórios de 2025, embora a receita total da indústria se mantenha em alta, impulsionada em grande parte pelo mercado internacional, os estúdios de animação operam sob o que é frequentemente chamado de "boom sem lucro" (TEIKOKU DATABANK, 2025). Ao analisar a temporada passada, percebi muitas séries com animações que fariam qualquer amador se envergonhar. Isso se deve a um fator cada vez mais evidente: a péssima distribuição de recursos para alguns estúdios. Veja a seguir. A raiz desse problema reside no modelo de negócios dominante: o Comitê de Produção (Seisaku Iinkai). Modelo de negócios que...
Pesquisem! Autores, pesquisem! Estou percebendo um erro recorrente nos autores japoneses. Coisa que me espanta. Nessa temporada, já percebi dois deles que não estão pesquisando para escrever. A pesquisa é essencial para se desenvolver uma história, pois insere no enredo a credibilidade necessária. Vou começar com um exemplo de uma série passada. Em “ Monster Musume ”, o autor pesquisou brevemente sobre os animais e inseriu, nas suas personagens, características próprias de suas metades animalescas. Dessa forma, com uma pesquisa breve, o autor justificou porque Miia (uma Lamia, ou seja, uma garota-serpente) seria tão ruim como cozinheira, pois seu paladar, como carnívora, seria menos sensível que o paladar de um herbívoro, ou de um onívoro. Foi um golpe de mestre que trouxe ao enredo um brilho próprio e trouxe profundidade aos personagens ao apresentar características únicas a elas. Retornando para essa temporada, as duas séries em questão são: “ High School Prodig...