Patrick Raymundo de Moraes- jornalista profissional (3241/DF), membro da Real Academia de Letras do Brasil, Ordem da Confraria dos Poetas e membro com associação colaborativa da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Literatura, Direito, Análises, Críticas, Poemas e Quadrinhos! Errando sempre, mas sempre em frente!... This blog uses cookies from Amazon, Google, Blogger, Double Click and Gravatar.
Deusa nórdica da primavera, no jogo Valkyrie Connect, é representada por uma linda e gentil mulher capaz de enternecer o coração de seres como os Jotun. É do jogo a imagem que busquei para representá-la aqui. Semana passada, eu me senti como o jotun Thiassi, pois estava no shopping e uma mulher belíssima veio me pedir ajuda para pegar o Uber. Tão linda, alegre e simpática como a Idun, logo me senti como Thiassi. Saí do shopping perplexo que ainda existam mulheres que falem com este ogro. A humanidade ainda tem esperança.
Thor
É outro deus nórdico, como a Idun. Nos quadrinhos da Marvel, os editores decidiram que eles não seriam mais deuses, mas alienígenas com tecnologia avançada. Não gostei dessa decisão, pois tira o brilho e o impacto que os personagens possuíam antes. Todos sabemos que tecnologia pode ser substituída, copiada, hackeada, alterada e destruída. Não causa espanto nenhum ao ver isso em tela, pois é normal. A Enterprise, por exemplo, já passou por tudo isso. Já a magia não. Um feitiço de Odin só deveria ser desfeito pelo rei. O Mjolnir não poderia ser destruído, ou, por fim, os deuses deveriam ser superiores a monstros e criaturas. A magia é algo excepcional. Já que Thor é só um ET, o trailer abaixo não causa impacto. Imaginem, por exemplo, se a Marvel tivesse mantido a imagem divina dele? A destruição do Mjolnir seria maior aos nossos olhos. Eu saltaria da cadeira dizendo “que poderosa não deve ser esta deusa que é capaz de destruir o indestrutível Mjolnir”! Agora não. Como é tudo tecnologia, eu digo para o Thor ir atrás do Spock que ele faz outro martelo para ele. Não tem graça. E é por isso que não achei grande coisa o trailer abaixo. É quase um capítulo de Star Trek no qual o capitão Kirk (Thor) fica preso em um planeta desconhecido, e sem a ajuda da Enterprise (Mjolnir) e sua equipe. Bléh!
A democracia é um sistema frágil que necessita de resguardo.
Para alcançar a plenitude, a democracia necessita de séculos mas, para
destruí-la, bastam poucos anos. A vantagem da democracia é a proteção de
direitos fundamentais e o equilíbrio entre o direito da maioria e o direito da
minoria. Para isso, o povo elege seus representantes por meio do voto livre,
secreto e individual. Não existe no mundo melhor forma de governabilidade,
quando a democracia está sadia. Em sua forma plena e sadia, o povo é
beneficiado em suas necessidades e protegido em seus direitos, pois sabe quais
são suas obrigações e as cumpre exemplarmente.
O problema se apresenta quando a democracia está doente. Uma
doença que pode liquidar com sua forma límpida é a corrupção. A democracia
necessita ser limpa para ser verdadeira. Qualquer desvio em sua natureza já a
faz ser prejudicial ao povo, ou seja, doente. E a corrupção, em simples linhas,
retira dinheiro do orçamento público para aplicar na poupança de corruptores e
corruptos. Dinheiro que poderia salvar vidas, proteger a sociedade ou educar
nossas crianças. E há a questão da entrega de serviços sem qualidade, pois o
corruptor “paga” para receber vantagens das quais não tem o direito e, desta
forma, vence licitações sem nem mesmo ter a competência, ou o valor, para arcar
com o contrato e entrega, ao povo, serviços ruins. Quantas notícias nós lemos
com manchetes parecidas, tais como “rachaduras e infiltrações em construções de
residências populares”? É o exemplo do problema acima.
E, semana passada,
nós ficamos sabendo a extensão da doença no Brasil com a lista do Fachin (83 pedidos de inquérito) e, com entrevista de Marcelo Odebrecht,
ficamos sabendo por quanto tempo está doente a nossa democracia. Segundo a Isto É: “O inquérito
que envolve as maiores propinas que a empreiteira afirma ter pago é o da
compras das medidas provisórias 470/2009 e 613/2013. A primeira, segundo a
acusação da Procuradoria-Geral da República, motivou o pagamento de R$ 50
milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, e em razão da
segunda a empreiteira relatou ter desembolsado R$ 100 milhões para a campanha
de reeleição da presidente, em 2014.” Assim,
percebemos que as campanhas eleitorais estavam comprometidas. Segundo diversas reportagens, os corruptores,
agora presos, alegam que não existe político eleito sem caixa 2 e que este
esquema se manteve por 30 anos. Se a última declaração for correta como as
demais, podemos afirmar que a democracia na República sempre foi manipulada.
Isso nos mostra a extensão dessa doença e nos mostra, também, que o nosso
sistema político é falho e ineficiente. E os corruptos estão no poder, tentando
se livrar das investigações, anistiar delitos e modificar o processo eleitoral
para benefício deles, como a porcaria do voto em lista fechada.
Então, nossa
democracia sempre foi manipulada, mas o sistema piorou muito com a chegada do
PT ao poder, pois, como Marcelo já havia falado para o Lula, “o pessoal dele
está com a goela muito aberta”. Na era Lula e Dilma, a corrupção passou a ser a
forma de comandar o país e se instituiu um sistema de propina e pagamento de
medidas provisórias que nunca vi igual no mundo todo. E isso me leva a
conclusões radicais.
Conclusão
A primeira
conclusão é que a chapa PT-PMDB deve ser cassada imediatamente, mesmo que isso
nos traga uma indigesta eleição indireta. Ainda mais que isso, diversos
partidos deveriam ser extintos, pois participaram desse esquema de corrupção.
Sim, mesmo que tenhamos que refundar a República, precisamos que a justiça
extinga os partidos envolvidos. A segunda conclusão é que se fez necessário o
afastamento imediato dos líderes da Câmara e do Senado. Enquanto no poder, eles
usarão do poder para se proteger. A terceira conclusão é que a Odebrecht é um
risco à segurança nacional e, portanto, precisa ser fechada. Em um país sério,
nenhuma empresa prostitui o sistema político dessa forma e sai ilesa. E, por
fim, nunca tivemos uma República sadia, então, acho evidente que se forme uma
nova constituinte e que o sistema político-eleitoral seja radicalmente alterado.