Literatura, Direito, Análises, Críticas, Poemas e Quadrinhos! Errando sempre, mas sempre em frente!... This blog uses cookies from Amazon, Google, Blogger, Double Click and Gravatar.
A principal função do blog é
iniciar um tema, expondo-o, para que o leitor use as fontes aqui apresentadas
como base para uma pesquisa mais aprofundada. Dessa forma, cabe ao leitor se
aprofundar nos temas apresentados, ler os livros e conhecer os autores.
Quando citei que não havia
percebido a masculinidade em personagens da série de mangá (quadrinho japonês) Komi
can’t communicate e que a ausência do elemento masculino se dá pela
opressão à masculinidade, que dizem ser tóxica, eu citei o que é a masculinidade
para a Bíblia, citei como fui ensinado sobre o tema e terminei com um vídeo
sobre o problema da masculinidade quando ela é reprimida, tornado os homens
covardes e mais agressivos. Passe lá e veja os vídeos. Em resumo, a
masculinidade frágil, reprimida, torna o homem mais fraco, tirando-lhe o papel
social que a natureza lhe impôs. Com isso, a feminilidade também é atacada,
pois ela é alterada quando a masculinidade também é.
E isso é um dilema em quadrinhos,
pois não se pode desaparecer com a masculinidade, portanto, algum personagem deve
se portar de forma mais máscula e isso está transformando as personagens
femininas em algo mais bruto. Temos séries como Sket Dance, Saintia Shô e
Gintama, por exemplo, nas quais as personagens femininas estão fazendo o papel
masculino. Essa inversão de valores só colabora para confundir a sociedade,
afetando negativamente as mulheres, e está ficando chato demais.
Dessa forma, achei melhor reforçar
o tema com a apresentação de um pouco mais de dados e vídeos. Começo com esse
do Dois dedos de Teologia. Apesar das recentes polêmicas com o Bernardo e com o Olavo, eu
respeito bastante o rapaz e esse vídeo é impecável na apresentação da
masculinidade segundo a Bíblia. Ele também percebe que a ausência da
masculinidade está transformando a feminilidade, deixando a figura feminina mais
bruta.
Nesse vídeo, Peterson chama os
homens a assumirem o Logos. Para Peterson, Logos é uma representatividade para
o próprio Cristo, portanto, ele anseia que os homens sigam a Cristo. Em suas
palavras[1]:
“You could think about it as the power of speech to transform reality. But even
more importantly, more fundamentally, it’s the power of truthful speech to
transform reality in a positive direction. We have this magical ability to
change the future, and we do that through action, obviously. But action is
oriented by thought, and thought is mediated by dialog. And so it’s speech, in
particular, that’s of critical importance to this logos process. The logos
is symbolically represented in the figure of Christ, who’s the word that was
there at the beginning of time. So that’s a very complicated topic, but
what it essentially means is that the West has formulated a symbolic
representation of the ideal human being, and that ideal human being is the
person who speaks the truth to change the world.”.
Acredito que o retorno dos olhares
para a masculinidade bíblica é uma resposta adequada a essa onda de ataques à
masculinidade. É de lá que temos o máximo exemplo a ser seguido (Cristo, Logos)
e é de lá que podemos trazer bons exemplos, pois nossa cultura judaico-cristã a
aceita com normalidade. A resposta não é oprimir a masculinidade, mas
cultivá-la de maneira adequada para que os homens vejam seu verdadeiro
potencial e cresçam em harmonia consigo e com a sociedade. Dessa forma, acredito que a masculinidade mostrada nos
quadrinhos citados seja um reflexo da confusão que nossa sociedade enfrenta.
Não é errado cultivar a boa
masculinidade. Quando o tema é bem abordado em animês e mangás, temos cenas incríveis.
Homem é aquele que se sacrifica primeiro, que não cai quando enfrenta um
obstáculo e que defende o que ama, dando sua vida por isso! Por isso, alguns textos atrás, fiz a relação da figura do herói com a figura masculina. Por exemplo, no
vídeo abaixo, isso acontece em 03:02. Nesse ponto, surge no personagem Shirou a
masculinidade boa e o heroísmo para defender suas aliadas. São dois conceitos que se relacionam. Se houvesse covardia, Rin e Saber estariam mortas. Esse é um bom exemplo da masculinidade bem aplicada em cenas de animês.
[1]
Lido em <https://www.jordanbpeterson.com/transcripts/transliminal/>
Em julho desse ano, analisei resumidamente o primeiro volume
do mangá e você pode ver a análise aqui (clique).
E eu continuei comprando os mangás e estou a refazer a análise,
complementando-a um pouco com o que li nos volumes 2 e 3 da obra.
A sensação inicial continua a mesma, pois Komi é uma
personagem que cativa por seu defeito de não conseguir se comunicar,
entretanto, a obra parece que está perdendo o fôlego com o ritmo adotado. Com 3
volumes lidos, o que dá quase um ano de obra lançada, com dois volumes lançados
em 2016 e o terceiro em 2017, o progresso é mínimo. Tanto o progresso para se
fazer amizades, como o progresso da personagem em superar suas fraquezas (se é
que um dia ela o fará), bem como o progresso nas relações entre Komi e Tadano.
Tudo muito lento. Essa lentidão me deixou aflito. Considerando que Oresuki (série atualmente passando no Crunchyroll) resolveu um arco inteiro em 4 capítulos, ver a Komi estagnada assim é ruim.
O problema da masculinidade!
Além disso, não sei ao certo se o/a autor(a) sabe o que é a
função feminina e masculina em obras. Explico: na minha época, era ensinado que
um homem deve ser cavalheiro, protetor, vigilante guarda de sua casa,
respeitoso marido, zeloso pai e forte trabalhador. O doutor Richard D. Phillips[1]
resume o que é a masculinidade com base em Gênesis e afirma:
“Cultivar e guardar: aqui está o como da
masculinidade bíblica, o mandato da Escritura para os homens:
Cultivar. Cultivar é
trabalhar para fazer com que as coisas cresçam. Envolve nutrir, cultivar,
cuidar, construir, orientar e governar.
Guardar. Guardar é
proteger e sustentar o progresso já alcançado. Envolve defender, proteger,
vigiar, cuidar e manter”.
Em qualquer roteiro, o personagem precisa ser definido com
exatidão. Nada de ficar patinando com os elementos psicológicos que compõe a
estrutura do personagem. Por exemplo, se ele é medroso, que ele seja medroso
até o roteiro decidir que ele não deve ser assim mais. E toda a mudança deve
ser explicada ao leitor. É muito esquisito um personagem ficar mudando de
comportamento. Em Komi, nos volumes que eu li, os personagens ficam
bailando entre a figura feminina e a figura masculina, sem muita explicação ao
leitor.
Sim, uma hora o personagem com qualidades mais
masculinas é o Tadano e, em outro momento, é a Komi. Existe uma dança da figura
masculina na obra. E uma inversão em clichês da “donzela em apuros” que uma
hora é o Tadano e, na outra hora, é a Komi. É como se o/a autor(a) não soubesse
quem é quem. Não sei como o autor está desenvolvendo os personagens nos volumes mais recentes, porém, o desenvolvimento deles nesses três volumes iniciais está bem bagunçado.
Com essa história de ideologia de gênero, é bem provável que
a história seja criada nesse sentido, para confundir o leitor. Ou, talvez, o próprio autor tenha crescido sem o conhecimento da figura masculina e não sabe como retratá-la na obra. Pode ser, também, que o autor esteja confundindo a masculinidade de fato com o termo que veio para oprimir o homem (masculinidade tóxica) e, dessa forma, ele está com medo de usar a figura masculina na obra. O fato é que não existe, até
o terceiro volume da obra, uma identidade masculina forte. E isso irrita! E já
vi imagens na internet do Tadano de “maid”. Provavelmente uma piada, porém, é
um reforço da ausência da figura masculina. E não se engane, a Komi é, por vezes, mais
masculina que o Tadano, porém, ela não é a figura masculina em si. Falta à obra esse elemento definido com exatidão.
Por tudo isso, não sei se vou continuar comprando mais
volumes da obra. Talvez eu mude de ideia quando surgir uma figura masculina
definida, que seja até o Najimi (😀). Entretanto, a Komi ainda é
uma personagem bem desenvolvida e será a base de inspiração do poema dessa
semana.
Esse é o canal que indico nessa sexta-feira. O Otaku Cafe é um canal no Youtube com memes diversos sobre animês e mangás. Conheça e, se gostar do humor, se inscreva lá! Eu dou muita risada com ele! E comecei a fazer memes por conta dele. Aqui embaixo, antes do vídeo do canal propriamente dito, está um meme que fiz em homenagem!
Agora sim, o vídeo do canal! Espero que gostem do humor!
O haicai acima foi feito na indignação após assistir ao capítulo 04 da série Fate/Grand Order. Quando escrevi minha crítica a "Didn't I say to make my abilities average in the next life" eu me perguntei se estávamos na era dos covardes! Após assistir a esse capítulo, eu acredito que sim. Provavelmente, o problema está relacionado com o tema que irei abordar na segunda-feira que vem, e que continuo na segunda-feira seguinte: crise da masculinidade. Pode ser bobagem, mas estou percebendo um problema quanto a imagem da figura masculina retratada em algumas obras. Os atos heroicos estão relacionados com o símbolo da masculinidade. Não interpretem isso como se fosse uma homenagem ao machismo: a masculinidade verdadeira nada tem a ver com a opressão da figura feminina.
Nas duas próximas segundas, eu vou abordar o tema com mais calma. Agora, basta dizer que a imagem heroica está em crise. Heróis recuando porque estão enfrentando seres divinos, heróis evitando resgatar uma criança em perigo (Boku no Hero Academia), enfim, não se portam como heróis, ou seja, símbolos. Hoje em dia, herói está mais para personagem principal de uma aventura, a ser aquele que se destaca por seus feitos, "Aquele que se distingue por seu valor ou por suas ações extraordinárias, principalmente por feitos brilhantes durante a guerra." (Dicionário online)
Quando um Seiya de Pégasus iria recuar somente porque um adversário é um ser divino? Ele tratava de conseguir um milagre a cada episódio. Assim como o Shirou (da mesma franquia Fate) quando enfrentou o rei dos reis! Imagina se ele fosse recuar ao ver o maldito Gilgamesh chegando? Não ia dar certo. E é isso que dá ao roteiro o brilho e que nos faz assistir!
Enfim, espero que as empresas acordem para esse erro que empobrece a figura do herói e, por esse motivo, também retira do roteiro o brilho que teria. Um herói é aquele em quem podemos confiar, pois ele realiza milagres e não se consegue um milagre fugindo com a cueca suja.
Ainda bem que eu cresci com esse tipo de ensinamento, e não com os heróis de hoje! Desculpem o desabafo!
A temporada de verão no Japão,
que terminou recentemente, nos trouxe uma boa quantidade de animês
interessantes. E eu fiquei em dúvida sobre qual deles eu escolheria para fechar
a temporada como o melhor. Sem dúvida nenhuma, tivemos ótimos dramas, como o
magnífico Vinland Saga, mas eu decidi escolher uma comédia. E por que uma
comédia? É difícil de acertar o ponto do roteiro e trazer alguma coisa que
realmente fique engraçado. Como agora estamos às voltas com “militantes virtuais”,
até piadas estão ofendendo. Por isso, piadas ficaram mais importantes do que
eram anteriormente. A diferença entre um militante virtual e uma pessoa com uma mera opinião, criando um texto opiniativo/crítico, é que o militante tenta oprimir o que é diferente através da força de seu grupo. Tenta tornar a sua opinião única. Já o texto meramente opinativo apenas expõe argumentos e opiniões sobre um assunto. Sem enrolar mais!
E o vencedor é Machikado
Mazoku- The Demon Girl Next Door!
Na série, uma garota (Yuko)
desperta e descobre que é descendente do clã do Rei Demônio e precisa enfrentar
uma garota mágica (Momo) para refundar a tirania de sua linhagem. Entretanto,
nada sai como o esperado e ela acaba sendo treinada pela sua rival. Essa é a
sinopse mais resumida possível.
A série é uma grande brincadeira
com as bases de histórias do gênero. A série tira sarro dos demônios, das
garotas mágicas (inclusive das transformações) e até mesmo da presença dos
ancestrais. Ela brinca com a pobreza da família da Yuko e com a solidão da
Momo. Nada é sagrado! As situações que elas vivem, em seus episódios semanais,
vai ganhando ares de uma zoeira infinita com os clichês apresentados. E tudo
isso é sempre mostrado de maneira kawaii, com a ajuda das dubladoras que
fizeram um trabalho exemplar. As personagens são muito carismáticas e, na minha
opinião, a ancestral da Yuko é a que melhor representa a série, pois é aquele
mal inocente, de um personagem já derrotado, mas que ainda tenta, inutilmente,
restaurar a glória do passado. E a série é assim: inocência sem maldade.
Como podem ver na imagem abaixo,
a série, apesar do humilde orçamento, conseguiu até ficar no TOP 10 da
temporada com uma boa consistência de notas por episódio. Não que isso me
influencie, mas é bom saber que outros também consideraram essa série
consistente.
Você pode assistir via HIDIVE, de
forma oficial, mas apenas em inglês. Apoie o serviço, pois aí teremos legendas
em nosso idioma.