Talma do Coração Canção inspirada no poema classificado em concurso da editora Versiprosa chamado Transformação! Verso 1 No silêncio da manhã, nasce a inspiração Palavras dançam no ar, feito libertação O mundo gira lento, mas dentro de mim A poesia acende o que não tem fim Pré-refrão Escrevo com alma, rabisco emoção Na talma guardada do meu coração Refrão Transforma, poesia, meu ser em canção Me leva além da razão Cativa, ativa, me faz renascer Na letra que insiste em viver Verso 2 Cada verso é ponte, cada rima é luz No papel se esconde o que a alma conduz Não há prisão quando se pode escrever A vida se explica no ato de ler (Ponte) E se um dia eu me perder Que a poesia venha me trazer De volta ao centro, ao meu lugar Ond...
Que ano intenso! Desde a minha última cartinha, muita coisa
aconteceu. Eu ainda me recordo do dia em que o vidro que separava minha baia,
da baia das cobras, se quebrou e elas tentaram invadir o meu lar. No momento em
que o cientista me salvou e me colocou seguro em uma baia distante. No momento
em que o cientista ergueu mangustos e um velho caranguejo para mover as cobras
de volta para seu covil. Quanta coisa aconteceu!
Nesses dias turbulentos, eu fiquei em dúvida sobre o agir do
cientista. Foi aí, durante meus pensamentos, minhas reflexões diárias sobre se
o cientista seria bom ou mau, que eu descobri um antigo livro e o li. Aquelas palavras
me iluminaram sobre a real essência do cientista, pois estava escrito: “Eu
formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço
todas estas coisas.” (Isaías 45:7). Eu não entendi bem, mas senti em meu
coração que o cientista estava assim definido. Não dava para dizer que ele era
mau ou bom, ele era, e é, apenas o cientista. Uma entidade que me defendeu, que
me protegeu e me livrou das víboras.
Eu ainda precisei me mudar de baia novamente, pois adoeci.
Tinha muito doce no meu sangue e precisei estar em uma baia especial para
cuidar da minha saúde. Eu estava gordinho, precisei emagrecer e nessa nova baia
tinha a ajuda necessária. Então, eu me mudei para uma baia gigantesca, cheia de
outros bichinhos e todos cuidando de suas vidas de maneira intensa e vibrante.
Eu fiquei espantado com a nova baia. Nela, conheci gaviões que me ensinaram a
perder peso. Precisei deixar de comer meus docinhos. Perdi peso! E como gostei
dessa nova baia.
Nesse intermédio, o caranguejo velho foi até a baia em que
as cobras estavam para reivindicar o meu espaço de volta. Não deve ter sido
fácil, mas ele conseguiu que as víboras recuassem ainda mais. Elas foram
derrotadas novamente e o caranguejo retornou a mim com as chaves da minha
antiga baia. As víboras perderam por completo. A baia que elas tanto almejavam
conquistar, que era o meu lar, voltou a ser minha.
Essa foi a cartinha mais agradável de se escrever, pois nela
contêm muitas vitórias. Estou em uma baia incrível, com meu lar recuperado e
com saúde. O caranguejo irá me contar detalhes da luta que ele teve com as
víboras e os mangustos ainda estão de prontidão para fazer justiça. Eu só tenho
que agradecer ao cientista. Então, essas
foram as últimas novidades aqui dessa baia.
Com muito carinho, eu te escrevo estas alegres letras.
Beijos de seu ratinho!
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