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Outros Papos indica: Abroad and Hungry

 Max Ginestra é um youtuber que já passou um tempo percorrendo as ruas da Índia para nos trazer vídeos excelentes sobre a gastronomia e a comida de rua indianas. Eu venho indicar o canal dele, pois tem uma playlist interessante sobre o tema.  Eu fiquei muito curioso sobre a culinária indiana e, confesso, o acho bastante corajoso, pois ele enfrenta algumas situações que me deixariam de cama. E ele, além de valente, mostra-se empolgado com o que come. É um canal que indico, para quem gostaria de ver a comida de rua da Índia. Pegue seu chá e se divirta!

Dungeon ni Deai wo Motomeru no wa Machigatteiru Darou ka: Orion no Ya


Dungeon ni Deai wo Motomeru no wa Machigatteiru Darou ka: Orion no Ya




O filme já está disponível para o Brasil via a plataforma Hidive e eu perdi quase que uma hora e meia da minha vida assistindo-o, e lamentei, pois esse tempo não voltará e será repleto de péssimas lembranças. Se o filme é ruim? Sim, ele é. E eu lamento não ter procurado por spoilers com mais afinco, para ter evitado perder um tempo precioso. Vai ter spoiler aqui.

 Sinopse

A história conta a convocação do personagem Bell para uma missão junto com Artemis, Héstia e Hermes, pois o Bell foi o único infeliz que conseguiu ser aceito pela lança para essa missão. A missão é única e está relacionada com um monstro chamado Antares.

Crítica

Eu tinha uma memória boa de Danmachi por causa da primeira temporada e, com isso, fui assistir à segunda temporada. Por alguma razão do destino, o autor concluiu que a antítese de um herói seria uma prostituta. Um erro de interpretação de fatos mitológicos, mas, tudo bem, a história é uma ficção, por isso, ele pode interpretar como quiser. E eu posso criticar justamente por isso e usando da mesma liberdade. Foi ruim demais! E me pergunto qual será o vilão da terceira temporada? Um cafetão? Talvez um vendedor de drogas, se bem que um já apareceu na segunda temporada.

O filme nos traz justamente o Bell da segunda temporada: um carinha fraco, apático e dependente de outros personagens. Ele não brilha em tela como o personagem principal e sequer faz a diferença. Uma mula segurando a lança seria melhor que ele. E isso me traz um desgosto. O Bell da primeira temporada crescia a passos largos e se tornava um personagem confiável a cada episódio, mas aí veio a segunda temporada e ele quase foi estuprado no bairro da luz vermelha. Que mico! Que tristeza ver um personagem tão promissor ser jogado no lixo desse jeito. E o filme não ajuda a fazer o personagem brilhar, ao contrário, o arremessa ainda mais fundo no poço que o autor o enfiou, pois ele deixa de ser um personagem confiável. Nem dá para chamá-lo de herói.

Como já escrevi aqui antes, um herói é um indivíduo capaz de grandes feitos em guerra e de gerar MILAGRES em situações de extremo perigo. Eles possuem origem divina em muitos contos, sendo fruto do amor de um deus com uma humana, por isso, eram pessoas de total confiança, capazes de feitos além dos feitos humanos. Por exemplo, Belerofonte que matou a Quimera, ou Herácles que matou Cérbero (o cão guardião do inferno). Por isso, eu prezo muito essa palavra: herói. Não é qualquer personagem que se faz digno de ser portador desse título. Bell Cranel deixou de ser um dos portadores desse título. É apenas um personagem!

No filme, Bell poderia ter sido projetado pelo roteiro para ser exatamente um herói grego, capaz de um milagre, pois o roteiro pedia por um milagre. O roteiro apresentou um dilema para o personagem: cumprir sua promessa de proteger Artemis, ou cumprir sua missão e derrotar Antares. O roteiro precário decidiu que ele não poderia fazer os dois. Limitou a ação do personagem e o impediu de brilhar. No momento em que o roteiro poderia fazer o Bell ser portador de um milagre incrível, resolveu que não faria isso. Diminuiu o personagem. Ele poderia ter sido o personagem que “transforma um deserto em vales verdejantes”, mas o autor o enxergou apenas como um fraco incapaz de cumprir uma promessa e incapaz de gerar um milagre. Um incapaz! Bell é apenas um incapaz.

O pior é a passada de pano que o autor desse filme usou para tentar diminuir o desprezo da audiência pela fraqueza do personagem, pois ele sabia que o personagem iria falhar e tentou passar panos quentes na situação, tentando converter a derrota do personagem em uma vitória. É apenas um jogo de palavras para evitar que o  dano ao personagem fosse maior. Bell falhou, não importa o que escrevam no roteiro, Bell poderia ter saído com uma vitória completa, mas ele falhou. É algo como: “ela não morreu, ela está em um lugar melhor agora”. Uma bobagem! A única vitória aceitável para a ocasião seria o personagem ser portador de um milagre, como os heróis gregos faziam e que a história da série tenta sempre se basear.

E isso refletiu negativamente na bilheteria, pois o “boca a boca” surtiu efeito e o filme arrecadou  míseros ¥74,254,900; ou seja, nem 70 mil dólares, em sua estréia . Um fracasso justo, pois ninguém vai ao cinema ver um herói que não muda a situação na qual ele está inserido. Se é para ficar na mesma, não precisava de um herói, bastava chamar o seu zé da esquina para isso. Vai ver o Bell seja justamente isso: o seu zé da esquina.

E essa não é apenas a única questão ruim do filme. As piadas são ruins. A música é ruim. A interação dos personagens é ruim. Nada encaixa direito. Nada funciona. Até a animação é mediana em muitas ocasiões. Nem saiu um trabalho primoroso. Foi doloroso ver esse filme, mas serviu para que eu criasse esse texto e os alertasse sobre o filme. Conhecendo bem vocês, tenho certeza que muitos irão assistir ao filme agora. KKKKKK

Precisei desabafar. O filme é ruim e ponto! 🌟🌟      

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