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ABTA- Dados de 2017!

Desempenho da Tv por assinatura em 2017!

Dados: TV Por Assinatura

No ano passado, apontei para a queda de assinantes da tv por assinatura. No texto “ABTA, Dados do Setor 2017[1]”, indiquei uma queda de assinantes em 2015 e 2016, com saída de milhares de pessoas, ainda no começo do ano passado. Segundo material recente, lançado pelo portal ABTA[2], a sangria parece ter sido contida, pois 2017 fechou com 18.9 milhões de assinantes. Em 2016, eram 18.7 milhões de assinantes.



O setor ganhou, em um ano,  200 mil novos assinantes. A grande comemoração, no entanto, fica por conta da estabilização dos números. Números que ainda nos deixam como o 8º maior mercado do mundo. O desempenho continua abaixo dos anos anteriores, 2014 (19.6) e 2015 (19.1), porém, a aquisição de novos assinantes deu ao setor um alívio. Um alívio que pode ser mal interpretado, pois uma pesquisa do Omelete joga, no setor, uma nova preocupação. Existe um grupo que não consome a televisão por assinatura.

Na pesquisa Geek Power[3], o consumo de serviços de streaming, dentro do grupo  chamado geek, ultrapassou o uso da tv por assinatura já em 2014. O mais interessante é notar a queda constante do uso do serviço que chegou, em 2017, ao seu pior patamar (68% dos entrevistados dizem usar o serviço). Segundo Marcelo Forlani, diretor de marketing do Omelete, este quadro é irreversível, pois o grupo é exigente e deseja conteúdo de qualidade com bom preço.   


Dados: Banda Larga

A pesquisa aponta um consumo alto, superior a 90% do público entrevistado, que usa algum serviço de streaming e isso pode ser um reflexo do aumento de assinantes no setor de banda larga, pois este mercado cresceu 7,15% em 2017. O mercado de banda larga[4] teve um acréscimo de mais de 1,9 milhão de assinantes no ano passado, sendo que 1,28 milhão de novos contratos foram adquiridos por provedores regionais. Ao todo, o Brasil fechou 2017 com 28,67 milhões de conexões habilitadas.

Por óbvio, os serviços de streaming realmente têm ganhado força com a popularização da banda larga. Pensando globalmente, isto é, em mercado internacional, podemos ver a força da Netflix[5] que registrou, fora dos EUA, um aumento de 6.36 milhões de assinantes e chegou ao valor de US$100 bilhões.


O FUTURO

E as grandes empresas estão de olho no mercado das televisões por assinatura. A Google[6], através de seu serviço de tv por assinatura, via Youtube, já conta com 350 mil pagantes nos EUA. Já a concorrente, “Hulu With Live TV”, já possui 450 mil assinantes.  Com estes dados, eu prevejo que os serviços de streaming irão englobar os serviços de televisão por assinatura. Não teremos mais os decodificadores embaixo da televisão, mas, apenas, um console de games (XBOX ou PS) e um Chromecast/semelhantes que servirão para conectar, mediante banda larga e mensalidade, o usuário final aos canais que ele deseja assinar. Acredito que este será um futuro próximo.



[1] Outros Papos: http://www.outrospapos.com/2017/03/abta-dados-do-setor-2017.html
[2] ABTA: http://www.abta.org.br/dados_do_setor.asp
[3] Folha:
http://telepadi.folha.uol.com.br/pesquisa-reforca-queda-da-tv-paga-e-crescimento-streaming/
[4] Valor:
http://www.valor.com.br/empresas/5290291/anatel-banda-larga-fixa-registra-crescimento-de-715-em-2017
[5] Mobile Time:
 http://www.mobiletime.com.br/23/01/2018/netflix-tem-crescimento-recorde-em-base-e-aumenta-receita-em-33-no-ultimo-trimestre/484702/news.aspx
[6] TecMundo:
https://www.tecmundo.com.br/internet/126461-40-canais-youtube-tv-tem-300-mil-assinantes-ano.htm

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