Quatro Faces do Sobrenatural No Japão tem uma história pra contar, Quatro nomes que podem confundir, Mas cada um tem seu próprio lugar, Vem comigo que eu vou te traduzir. Akuma é um espírito da escuridão, Não é diabo, mas traz complicação. Na cultura, é vilão a se temer, Mas no fundo, é pra ensinar a crescer. Akuma, Maou, Oni e o mal ancestral, Quatro figuras de impacto cultural. Cada um com seu papel pra revelar, Entre mitos e lendas, há muito a explorar. Maou é o rei de um reino infernal, Um soberano num mundo surreal. No anime, é até gente boa às vezes, Mas no mito, trazem crises e reveses. E o Oni? É força bruta e emoção, Pode ser bom ou uma grande confusão. Tem chifres e uma pele vermelha ou azul, Mas no fundo é só mais um guardião cultural. Akuma, Maou, Oni e o mal ancestral, Quatro figuras de impacto cultural. Cada um com seu papel pra revelar, Entre mitos e lendas, há muito a explorar. Os demônios bíblicos são outro lugar, Histórias que vêm pra moral ensinar. São anjos caí...
Outono de 2017- Um Protesto!
Fiquei sabendo, ontem, dia 09/02/2018, que o diretor de
Net-Juu no susume é antissemita. Leia a história toda no link da Anime News
Network[1]. E
quero lembra-los que não considero arte algo que enseje crimes, como, por
exemplo, pintar em um quadro uma imagem santa, como uma hóstia, e escrever
ofensas nela; imagine, então, saber que um diretor apoia o nazismo e não
acredita no holocausto? É obvio que vou rejeitar tanto a obra, como o
profissional. É meu direito e minha liberdade! Mesmo que a obra não tenha nada
de errado, vou condenar o diretor por sua postura, portanto, Net-Juu no susume
PERDEU o título de melhor animê de outono de 2017 pelo blog Outros Papos.
Girls Last Tour
Esta animação é, neste momento, a melhor animação do outono de 2017. Ela conta a história de duas sobreviventes de uma guerra que levou ao fim da humanidade. O traço e a animação são preciosos, pois primam pelo minimalismo. Minimalismo é um movimento artístico que prega o uso de poucos elementos para a expressão artística. Deste modo, a série demonstra poucos tons e cores, em sua paleta. Em alguns momentos, elas vagam por lugares sem luz, aumentando a percepção de cores com tons mais escuros. As personagens possuem traços arredondados, que simplificam expressões e os cenários são tão simples que quase beiram o rabisco em algumas cenas. Vejam estes detalhes na abertura abaixo.
Além disso, o enredo também não esclarece muito sobre a realidade das meninas e, portanto, o julgo também minimalista por apresentar apenas o necessário para o entendimento da realidade delas. E esta é a beleza da obra. O mínimo apresentado encanta pela simplicidade. E deixa o enredo mais exposto, pois nossa atenção se volta muitos aos diálogos, que são competentes ao mostrar a inocência delas. E a obra pesa na filosofia e nas questões sobre existência, vida, morte e lar. Vemos homenagens à teoria da relatividade de Einstein, quando elas andam de trator dentro de um trem. Ou quando uma delas começa a interpretar a morte como a não existência. Mesmo sendo uma consciência que tenta entender a não existência, ou seja, já existe uma contradição, é uma cena bela.
Apesar da série mostrar uma realidade crua, na qual as meninas precisam vagar sem rumo, para conseguir mantimentos que as mantenham vivas, a série também consegue mostrar beleza. É belo ver a cena na qual elas interpretam gotas de chuva, caindo em latas, como música, pois elas nunca ouviram música antes. É belo vê-las sonhando com uma casa arrumada. Existe beleza dentro de uma realidade cruel, e belas são as vozes calmas e serenas delas.
Ao todo, é uma série que já merecia o título de melhor animação de outono de 2017 e, acredito, conseguir corrigir uma injustiça. Assista via HIDIVE!
NORAGAMI
Noragami
Assisti na temporada de outono de 2017, via Amazon Prime
Video[2], e, mesmo não tendo sido produzida para aquela temporada, serve a esta situação. Eu
a celebro, neste momento, como se fosse uma produção do outono do ano passado.
Sinopse: Nós acompanhamos a vida de um deus, de nome Yato,
que deseja juntar dinheiro com diversos trabalhos, para levantar fundos para
criar um templo em sua homenagem. Existem algumas implicações de um deus não
ter seu próprio templo e a série mostra isso. Então, durante uma missão, Yato
encontra uma jovem chamada Hiyori. Ela, não sabendo da característica divina do
Yato, o “salva” de ser atropelado. Ele se demonstra grato a ela e os dois
passam por muitas situações juntos. Esta é uma sinopse breve.
A série teve duas temporadas (2014 e 2015) e alguns OVAs e o
que me encanta no enredo é a possibilidade de imaginar como o pecado age em um
Deus, ou seja, como nossos pecados podem agredir um ser divino, cuja a natureza
não pecaminosa o faz rejeitar o mundano. É um ponto criativo da série mostrar
isso e nos faz refletir sobre como nossas ações podem ter consequências em um
deus. Dá para fazer reflexões sobre Adão e Eva, ou Caim e Abel, com situações e pecados.
E, falando nisso, eu também achei espetacular algumas ligações com trechos
bíblicos. Existe, na bíblia, por exemplo, um trecho que relata a armadura de
Deus, constituída de fé, verdade, justiça, entre outro elementos bons e
divinos. Aqui, nesta série, nós temos algo bem parecido, com os deuses
vestindo-se com seus Regalias. Quem for assistir saberá interpretar esta parte.
Na série, também conhecemos uma deusa da guerra tão
carinhosa que poderia ser, também, deusa do amor, chamada Veena e para quem fiz
um poema. Procurem no blog. Yato, Hiyori, Veena e tantos outros, são
personagens com traumas bem construídos e com interações bem desempenhadas. Uma
série que chama pela comédia, mas que te faz refletir sobre a espiritualidade e
consequências, carmas e destinos. Vale a pena conhecer!
[1]
ANN:
https://www.animenewsnetwork.com/interest/2018-02-09/recovery-of-an-mmo-junkie-director-causes-controversy-with-anti-semitic-tweets/.127409
[2]
Prime Video: https://www.amazon.com/dp/B00KTQIT26