Carta de Despedida Queridos leitores, Escrevo estas linhas com o coração apertado, mas com a necessidade de ser transparente com todos vocês que me acompanharam ao longo desta jornada. Nos últimos anos, venho enfrentando uma série de problemas de saúde que exigem atenção integral e cuidados constantes. Entre eles estão o diabetes com componente autoimune, hipotireoidismo, hipercolesterolemia, imunodeficiência e osteoporose grave, que já resultou em fraturas. Esses desafios têm impactado profundamente minha rotina e minha capacidade de manter o ritmo de produção de conteúdo que sempre busquei oferecer aqui. Por isso, tomei a difícil decisão de dar uma pausa no blog. Não posso garantir quando — ou se — retornarei. Neste momento, minha prioridade precisa ser cuidar da minha saúde e buscar qualidade de vida dentro das limitações que enfrento. Quero agradecer imensamente a cada um de vocês que esteve comigo, que leu, comentou, compartilho...
Dracula Untold (2014)
O filme tem um consenso, encontrado no site
Rotten Tomatoes, que define o filme como uma obra que não é ruim, mas
também não chega a ser boa o suficiente para fazer jus ao icônico conde. Eu
decidi assistir a esta obra no Netflix, pois foi adicionada recentemente.
O filme não é uma adaptação até onde sei e tem como proposta
contar a história do conde antes do que foi escrito por Bram Stoker, ou seja,
não compete nem mesmo com a literatura que consagrou o personagem. É algo bastante
livre, desde que não entre em temas relacionados diretamente com o livro e que
entregue o personagem na mesma situação na qual ele foi iniciado na literatura.
Ao analisar isto, percebi que é fácil fazer um prequel,
desde que se respeite as duas regras mencionadas no parágrafo anterior. O “Urobutcher”,
então, teve vida fácil, pois respeitou de maneira decente a obra original da
franquia Fate. Está bem, a frase anterior foi apenas uma provocação. Voltando
ao filme em questão, Matt Sazama e Burk Sharpless (roteiristas do filme) também
fizeram um trabalho decente, com poucas falhas.
Algumas falhas foram relevantes. Quem conhece a história, sabe
que Dracul foi o vampiro original,
rejeitando a luz e a salvação por causa de seu ódio pela morte de seu amor.
Viveria para sempre nas trevas, se alimentando do sangue dos filhos de Deus,
até reencontrar a reencarnação de seu amor. No filme, a maldição do morto-vivo
é passada para ele por outro amaldiçoado. Talvez tenha sido o erro mais grave. Outro erro menor é ter feito Dracul muito
parecido com um herói, ao invés de um monstro. Ele está mais para um “Monstro
do Pântano” do que para um “Batman”, mas, no filme, essa relação está
invertida. Entretanto, não são falhas que te farão desligar a internet, ou
jogar a televisão pela janela, como eu quase fiz ao ver a porcaria que fizeram
com Chain Chronicle (desculpa, Pirika, seu capitão não conseguiu te salvar).
Chain Chronicle, que lixo! X(~
E, então, surgem os
pontos fortes que te farão ficar interessado até o fim do filme. O primeiro
deles é a boa qualidade de diálogos. Muita frase bem estruturada, com efeito e
colocada no momento certo da narrativa. É uma loucura como gostei disso nesse
filme. Cada frase mesclava muito bem com a ação seguinte. O segundo ponto forte
do filme é a fotografia. Com muita sombra, os amaldiçoados pareciam realmente
assustadores. O filme apela para tons escuros e mantêm um clima sombrio e tenso
com isso. O terceiro ponto forte são todas as cenas de ação mostrando os dons
das trevas. Está certo que, por vezes, parecia o Batman, mas o dom amaldiçoado,
por vezes discreto, estava bem empregado. O quarto ponto forte é a relação dos
personagens que fica bem, muito bem, ambientada. Dá para ver que a relação
familiar é genuína e isso mostra quanto ódio uma morte pode gerar. Um ponto
para os atores escolhidos que me fizeram acreditar que eles eram uma família.
Tudo isso estava bem misturado e me propiciou um agradável
momento em frente à televisão e ainda entregaram Dracul intacto para o livro. Foi muito bem elaborado. Adorei ter
assistido e se você ainda não viu, vai até o Netflix, o filme está por lá!
