O que é essa maldição? Eu penso comigo mesmo como poderia ter sido tão feliz e, ao mesmo tempo, tão cruelmente torturado. Quando eu a vi passar pelos campos do castelo, me impressionei com a beleza que deixava o próprio Sol envergonhado. Quando estava de vigia na torre, a via em confidências com a Lua. Os pássaros, corvos e corujas pareciam render-lhe graças. Em um dia de outono, minha espada se mostrou útil. Atacada enquanto caminhava pela estrada real, seus guarda-costas, eunucos, rapidamente foram derrotados por uma vil criatura. Eles não tinham o que era preciso para defendê-la. Eu a vi por acaso, quando retornava de meu treino matinal com a espada, ao lado de meu fiel pai. Meu pai, guarda real de confiança de um nobre conde, foi o primeiro a pressentir o perigo e a se dispor a ajudar. Eu não tinha tanto fôlego, mesmo sendo mais jovem, pois ele defendia a nobreza com um espírito incorruptível. Para ele, os nobres eram passageiros, mas a realeza parecia ser um estado de espírito per...
Eleições 2016- Uma lição
Agora que a disputa se encerrou, posso retornar ao tema. Uma
das ferramentas para depurar um fato, e ver se este fato possui base na mentira
ou na verdade, é o tempo. Usei da paciência, então, para apreciar dois fatos
que foram veiculados na imprensa ainda no julgamento do impeachment no Senado.
O primeiro fato foi uma declaração do senador Requião sobre uma possível guerra
civil, caso, à época desta declaração, o impeachment fosse aprovado. O segundo
fato foi o uso político do impeachment, chamado de golpe pelos líderes dos
movimentos de esquerda, na tentativa de reduzir o poder do PMDB nas eleições de
2016.
Guerra Civil
A declaração tinha como base a quantidade de votos que a
coligação PT-PMDB tinha conseguido nas eleições passadas. Considerando-se que
tinham mais de 54 milhões de votos, o senador tentou usar isso para colocar
medo no coração dos parlamentares e de apoiadores do processo do impeachment,
afinal, quem iria querer ir contra mais de 54 milhões de eleitores?
O tempo passou, o impeachment foi aceito e aprovado, a
democracia venceu, mas não houve, até o presente momento, a tão temida guerra
civil e por quê? Porque o brasileiro entendeu que houve culpa do governo na
crise, porque o povo entendeu que o impeachment estava julgando um crime real,
porque o eleitor percebeu que o que fora prometido, durante a campanha, não seria
cumprido, logo, aquele número alto que o Requião se apegara para a declaração
não passava de um número inflado. O que se tem hoje, lutando pela esquerda, são
militantes e pessoas ligadas aos movimentos de esquerda. O povo brasileiro
mesmo seguiu em frente, pois entendeu que, para fazer este país andar, vai ser
necessário muito trabalho e sacrifício.
Fora, Temer!
Antes de mais nada, não sou coligado partidário e nem
simpatizante do Temer. Eu preciso avisar isso sempre, uma vez que muitos acham
que toda pessoa Anti-PT é, automaticamente, pró-PMDB ou pró-PSDB. Dito isto,
vamos analisar outra falácia do PT. Os membros do PT tentaram enfiar na mente
do povo brasileiro a farsa de que o Temer não era um sucessor legítimo e que o
impeachment não passava de um golpe (ora do Cunha, ora do Temer). Era uma
manipulação que ficou clara quando Freixo afirmou, ao ir para o segundo turno,
que a possibilidade da campanha dele ter tido uma continuidade era de que o
carioca reconhecia o impeachment como golpe. A falácia estava escancarada! O
verdadeiro motivo para o “Fora, Temer” era a tentativa de manipular as eleições
em favor da Esquerda.
O resultado das eleições em 2016 mostra um povo brasileiro
mais consciente e que sabe de quem é a culpa por toda a crise enfrentada pelo
Brasil. Um povo que não tem medo das mudanças e que não deixa a incerteza tomar
conta. Andreza Matais e Marcelo de Moraes para o Estadão:
“Com sete das 26 capitais conquistadas, o
PSDB se consolidou como maior vencedor da eleição municipal. Dois dos sete
tucanos foram eleitos ainda no primeiro turno. Em segundo lugar, vem o PMDB,
que levou quatro capitais. Em seguida, vêm o PDT, com três, e o PSD e o PSB com
duas. O PT chegou ao segundo turno em apenas uma capital, Recife, mas perdeu. A
sigla conseguiu eleger apenas um prefeito, assim como PRB, PHS, PMN, PCdoB, DEM
e Rede. O PP e o PV não obtiveram vitórias”.
Já a Veja
mostra como esse slogan não colou ao divulgar a maior ferida que o PT teve
nestas eleições: “No chamado “cinturão
vermelho”, o partido também perdeu nas duas cidades em que disputava o segundo
turno: Mauá e Santo André. Com isso, não vai comandar nenhuma das cidades — até
este ano, tinha seis prefeitos na região, entre eles o de São Bernardo, Luiz
Marinho; Lula, que vive lá, não foi nem sequer votar no segundo turno.”
O PT apostou em uma possível má informação do povo
brasileiro e de que suas falácias seriam consideradas verdadeiras, mas o
eleitor não se deixou enganar. Isso fez o partido encolher. Se formos jogar na
mesma moeda que eles, poderia afirmar que o povo brasileiro assinou embaixo o
processo de impeachment e que quem
tentou enganar o povo acabou encolhendo. Também sei que o partido não está
morto e que outras falácias virão.
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