Em Kivotos vão, Alunas e o sensei, Aros brilham céu, Segredos e corações, No azul, a fé sem fim. Netflix, Prime, Crunchyroll, Anime Onegai, Sato Company... será que alguém poderia disponibilizar oficialmente a série animada? Assistir via streaming seria excelente. Segue um vídeo comemorativo do jogo.
Já elegi os melhores da temporada passada, como podem ler aqui,
agora chegou a vez de escrever sobre os animês que me decepcionaram. É algo
simples: acompanhei a série e ela me desagradou. Eu esperava algo mais, mas este “algo” não
apareceu! Como sempre, este é um blog opinativo, por isso, tudo aqui é
analisado de acordo com o meu gosto pessoal, através de análise sistemática de
enredo, direção, arte e entretenimento. Se
gostou de Black Bullet nem se incomode em ler o resto do texto, pois é todo ele
construído em cima da série. Fique avisado!
Black Bullet
A decepção
Eu achava que esta série seria a minha favorita da temporada,
pois teve um começo interessante e, já no capítulo 2, eu o considerei um animê de
denúncia social (leia em “Black Bullet e o Direito Negado”). Achei
que poderia ser um animê de denúncia de crimes contra a criança, através de um
enredo de ficção. Porque achei isso? Pela proximidade com Capitães da Areia
(Jorge Amado), da chacina da Candelária,
com personagens que migravam de um conceito ao outro, em uma sociedade marcada
pela frieza com que tratavam a questão, e o preconceito envolvido. Leiam acima e entenderão todas estas
correlações.
Infelizmente, a série ficou apenas na crueldade. Nunca houve
um sinal sequer de tentativa de mudança, do ambiente narrativo, em 12
capítulos. Apenas no 13º capítulo, ou seja, no capítulo final, em apenas
míseros segundos, houve uma tentativa precária de esperança. Uma esperança que
se esvai no restante do capítulo. A série cansa, porque bate sempre na mesma
tecla. A série cansa porque os personagens que envolvem o ambiente narrativo,
destinados a ajudar a conduzir o enredo, são todos construídos de forma a
demonstrar o pior no ser humano. Somente a Enju, o Rentaro e a Tina salvam-se
desta regra.
O pessimismo no enredo também irritou, apesar de verdadeiro
em diversos pontos. Vou voltar às séries que eu mais gostei, para fazer uma
comparação com Black Bullet. No Game, No Life e ela possuem um pessimismo em
relação à sociedade e a realidade que cerca os personagens, mas a grande
diferença é que na obra de Yuu Kamiya ainda existe a possibilidade de a
humanidade ser salva. Segundo o Sora, a humanidade é medíocre, mas, dentro
desta mediocridade, existem indivíduos que se destacam, por isso, a humanidade
deveria ser preservada, pois dela pode sair seres geniais como a Shiro! Amar a
humanidade é amar esta possibilidade de crescimento e genialidade! A
humanidade, então, tem grandes possibilidades e acreditar nessas possibilidades
é acreditar em seres que se destacam. Neste ponto, eu preferi o enredo do NGNL
que se distancia do pessimismo de Black Bullet e nos dá uma sensação de que
podemos torcer pelos personagens principais. Já em Black Bullet, no capítulo
10, eu torcia pela aniquilação plena daquela realidade.
Quando soube que o autor da série era fã do enredo do Gen
Urobuchi, já era tarde demais, eu já havia assistido a série por completo. Eu
criei uma regra para mim mesmo, que se o autor aplicasse as regras de construção
de personagens do Urobuchi, eu iria assistir sempre com um “sinal de alerta”
ligado. Eu não gosto de personagens criados desta forma. Black Bullet confirmou
a regra!
Em duas semanas, no máximo três, vou escrever sobre responsabilidade social. Para a semana que vem, vou escrever sobre a temporada atual e séries que gostei. Claro, um único capítulo não diz nada sobre a série e uma série pode mudar em apenas um capítulo, por isso, o que vou escrever (minha opinião e gosto), ao final da temporada, pode estar completamente mudado, ou não!