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Persona 3 Tanka

A dor se esvai;  O mal não mais reinará;  Cigarras cantam; Estou sempre contigo;  Amor vibra nos festivais.  Um tanka em homenagem ao jogo Persona 3 Reload. Data do print: 17/03/2024

II Bienal Brasil do Livro e da Leitura


 Aconteceu em Brasília, entre os dias 11 a 21 de abril de 2014, a segunda edição da Bienal Brasil do Livro e da Leitura. O evento foi sediado no gramado central da Esplanada dos Ministérios. O primeiro evento obteve uma visitação de 250 mil leitores e venda de 300 mil publicações. Já foi noticiado que o evento, até sexta-feira 18, já havia marcado a presença de 110 mil visitantes.




Como todo grande evento, a Bienal não fugiu do estigma de ser comparada às suas irmãs, como a Bienal do Livro de São Paulo e a do Rio de Janeiro. Com um espírito parecido, decidi verificar três aspectos desta bienal: Programação, Estrutura e Visitação.


A Programação:


Este segundo evento não deixou nada a dever, em relação às suas irmãs, neste quesito. A programação foi bastante diversificada e, posso dizer, equilibrada. O que eu entendo por equilíbrio é um evento que possa discutir elementos adultos, como na palestra “Os conflitos políticos, as guerras e a intolerância religiosa”, mas, também, possa entreter os jovens como no espaço Teatro de Estórias para Jovens. O equilíbrio é a união entre o tema maduro e o tema jovial, com espaço para ambos. Muitas crianças visitaram o evento com os pais.





Na questão musical, o evento também foi diversificado. A abertura do evento foi de responsabilidade da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional (11/04/2014 às 22h00), mas também contou com Plebe Rude, Quarteto em CY e Edu Lobo. Música de variados estilos abrilhantaram o evento, mostrando, também, sua qualidade.


Os temas dos debates foram bem polêmicos, ora voltados para a produção literária e a internet, ora voltados para a ditadura, mas sempre trazidos ao público com informações atuais e relevantes. Vários convidados internacionais, e vários lançamento de livros, com muitos autores de Brasília, provaram que a produção cultural da capital é grande e o interesse pela leitura é permanente. Com isso, acredito que esta bienal não tenha ficado devendo nada aos outros eventos de outras capitais.


Eduardo Galeano



A Estrutura:


A palavra que pode definir a estrutura do evento é: Improviso. Como já escrevi, o evento se deu na área verde da Esplanada dos Ministérios, então, toda a estrutura de palcos, banheiros, estandes, enfim, tudo teve que ser montado do zero. A arquitetura estava bela, como se vê no vídeo ao fim do texto, mas carecia de melhor infraestrutura. Isso causou muitos desconfortos que explico à seguir.


O estacionamento foi feito em um terreno lateral ao espaço da bienal. Um terreno de grama, que se foi com a roda dos carros, e terra. Quem estacionava nos ministérios teria uma caminhada mais longa. Decidi parar no estacionamento de um dos ministérios e andar um pouco mais, do que deixar o carro em chão de solo batido. Imaginem, então, como ficou o evento, em dias de trabalho, com os estacionamentos lotados.





Como a imagem mostra, o chão foi feito de madeira e não estava todo nivelado. conseguia andar e sentir ondulações no chão e eu andei por toda a bienal sentindo o desnível do piso, bem como tropecei três ou quatro vezes. Espero que se possa notar na foto a diferença de nível nesta passarela, e que define bem a sensação de se andar por lá.





Além disso, os banheiros usados na bienal eram banheiro químicos. Cada unidade colada à unidade vizinha. Se vocês achavam, meus leitores, desconfortáveis os banheiros do Anime Friends, posso afirmar que aqui a coisa não estava diferente.





Todos estes problemas seriam resolvidos se houvesse um lugar fixo, um centro de convenções, que pudesse abraçar este evento e dar-lhe as condições que lhe fossem dignas. Afinal, é um evento literário e, portanto, deveria ser preenchido de toda a honra possível.



A Visitação:


Fui ao evento tirar fotos no dia 19/04, ou seja, entre a Sexta-Feira da Paixão e a Páscoa, para ver se a bienal estava atraindo público. Pela experiência que pretendi mostrar com as fotos, posso dizer que sim. O evento estava lotado. Isso foi confirmado pela EBC. Na matéria de Carolina Gonçalves, em 17/04, a informação de que o evento já havia atraído 110 mil pessoas foi veiculada. Na data de ontem (21/04/2014) o Correio informou os números finais de público. Foram 200 mil pessoas visitando o evento. Um pouco menos que a anterior, mas, ainda assim, muito forte e digna de suas irmãs.






Conclusão:



O evento é um brilho da literatura em nosso céu candango e não deixou nada a desejar, nos quesitos Programação e Visitação, à Bienal de SP e RJ, entretanto, deveria ter um centro de convenções que melhor o abrigasse e evitasse o desconforto. Também senti falta de muitas grandes editoras e de editoras tradicionais do DF que não compareceram. Se valeu a visita? Claro que sim! E espero pela próxima bienal, torcendo para que ela melhore sempre. 


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