Significado da Cor dos Olhos na Cultura Japonesa Na cultura japonesa, as cores dos olhos não são um foco central em tradições antigas, dado que a população nativa predominantemente possui olhos castanhos escuros ou pretos, refletindo herança genética asiática. No entanto, superstições e simbolismos evoluíram ao longo da história, influenciados pelo xintoísmo, budismo e interações com o Ocidente. Por exemplo, olhos "exóticos" como azuis ou verdes eram raros antes da era Meiji (1868-1912), quando o Japão se abriu ao mundo, e podiam ser vistos como sinais de influência estrangeira ou sobrenatural em folclore local. Em lendas antigas, como aquelas do período Heian (794-1185), olhos incomuns poderiam denotar yōkai (espíritos) ou deuses disfarçados, embora documentação específica seja escassa. Mais proeminentemente, a superstição de *sanpaku* (olhos com branco visível em três lados) persiste: *yin sanpaku* (branco abaixo da íris) sugere desequilíbrio, má sorte ou morte prematura,...
Durante minha visita à Bienal Brasil do Livro e da Leitura,
que está ocorrendo em Brasília, passei no estande do Sindicato de Escritores do
DF e conheci um trabalho de requinte e alma. Este trabalho influenciou este
texto. Caso queiram adquirir algum exemplar, ainda dá tempo de ir até a bienal
e conseguir o seu.
O livro Laçando a Lua, de Kazuco Akamine, é uma definição de
trabalho bem elaborado e de conteúdo sensível. O trabalho ainda possui uma
alma, pois quem adquirir o livro estará colaborando com o Hospital Erasto Gaertner,
portanto, possui uma alma caridosa.
Os poemas falam de sentimentos profundos e da interação da
autora com a natureza. Ela afirma: “a vida, de forma clara ou com sutileza, foi
me encaminhando ao apostolado do amor”. Este amor é representado pelo objetivo da obra (ajudar um hospital), pela forma
como ela escreve, bem como todo o carinho para a criação gráfica do livro. A qualidade
gráfica impressiona, com uma capa bem elaborada, miolo em papel especial e todo
o cuidado com os poemas sensíveis. Por exemplo, ideogramas em papel de arroz
foram digitalizados e conferem, ao miolo do livro, a sensibilidade da alma da
artista.
“Ouvi soar, dentro de mim,
Um suspiro de três ondinhas.
Agucei meus sentidos, para melhor auscultar...
Ouvi a seiva, que corre em mim,
Suplantar a pedrinha da saudade,
A pedrinha da solidão,
A pedrinha da espera...” (Kazuco Akamine- Laçando a Lua)
O livro ainda nos traz brindes interessantes. O CD, por
exemplo, é a forma cantada dos poemas escritos da autora e pode ser conferido
abaixo. Também, na mesma foto, temos o marca página em forma de lua. Estes dois
brindes graciosos complementam o tom artístico do livro. O livro está à venda no Estande do sindicato de Escritores do DF, mas corra, pois hoje é o último dia do evento que está acontecendo na Esplanada dos Ministérios.