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Laçando a Lua

Durante minha visita à Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que está ocorrendo em Brasília, passei no estande do Sindicato de Escritores do DF e conheci um trabalho de requinte e alma. Este trabalho influenciou este texto. Caso queiram adquirir algum exemplar, ainda dá tempo de ir até a bienal e conseguir o seu.





O livro Laçando a Lua, de Kazuco Akamine, é uma definição de trabalho bem elaborado e de conteúdo sensível. O trabalho ainda possui uma alma, pois quem adquirir o livro estará colaborando com o Hospital Erasto Gaertner, portanto, possui uma alma caridosa.


Os poemas falam de sentimentos profundos e da interação da autora com a natureza. Ela afirma: “a vida, de forma clara ou com sutileza, foi me encaminhando ao apostolado do amor”. Este amor é representado pelo objetivo da obra (ajudar um hospital), pela forma como ela escreve, bem como todo o carinho para a criação gráfica do livro. A qualidade gráfica impressiona, com uma capa bem elaborada, miolo em papel especial e todo o cuidado com os poemas sensíveis. Por exemplo, ideogramas em papel de arroz foram digitalizados e conferem, ao miolo do livro, a sensibilidade da alma da artista.


“Ouvi soar, dentro de mim,
Um suspiro de três ondinhas.
Agucei meus sentidos, para melhor auscultar...
Ouvi a seiva, que corre em mim,
Suplantar a pedrinha da saudade,
A pedrinha da solidão,
A pedrinha da espera...” (Kazuco Akamine- Laçando a Lua)




O livro ainda nos traz brindes interessantes. O CD, por exemplo, é a forma cantada dos poemas escritos da autora e pode ser conferido abaixo. Também, na mesma foto, temos o marca página em forma de lua. Estes dois brindes graciosos complementam o tom artístico do livro. O livro está à venda no Estande do sindicato de Escritores do DF, mas corra, pois hoje é o último dia do evento que está acontecendo na Esplanada dos Ministérios.


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