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Heróis que dançam!

Heróis dignos;   Lutam por seus ideais;   Dançam em festa;   Cerejeiras florescem;   Vencem pela nobreza. Uma curiosidade dos filmes indianos é que eles reproduzem sempre festividades, então, possuem cantos e danças. Aqui uma dança do filme RRR! 

Refletindo sobre a Misericórdia e o Próximo

Mateus 22: “Ame o seu próximo como a si mesmo”



    Amai ao próximo! É interessante notar como essa passagem é especial. Aqui não se pede o amor a todos. Há sensatez, então, em pedir que se ame ao que está próximo. É mais fácil amar àquele que está ao nosso redor. E quem é o próximo? No livro de Lucas-  10:36,37 – “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira”. E “Vá e seja misericordioso” foi a ordem de Jesus. No dicionário, o sentido de misericórdia é “Sentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão”. Existe, então, a necessidade que você perceba a infelicidade de outra pessoa e esta infelicidade origine, no seu interior, o sentimento de compaixão que, possivelmente, gerará a caridade.

    Séculos atrás, o próximo era a pessoa que estava em uma região geográfica próxima a você, ou seja, na sua cidade ou em seu bairro, pois era muito mais difícil conhecer a dor e o sofrimento de alguém distante. Hoje, o teu próximo é, também, aquele que teus sentidos alcançam mediante a ação dos meios de comunicação.  Antes, poderia ser seu vizinho. Hoje, além de poder ser seu vizinho, poderá ser uma pessoa do outro lado do mundo, cujo sofrimento chegou-lhe ao conhecimento pelos meios de comunicação. A nossa responsabilidade cresceu muito com isso.

    Somos responsáveis pelo amor a todos cujo sofrimento nos chega mediante diversas fontes sensoriais.  Ampliou-se, assim, o leque de pessoas que necessitam das ações de misericórdia. Ampliou-se a definição de “próximo” e relativizou-se o limite e a distância para com o mesmo. Aliás, as ações são divididas em duas formas, assim determinadas no Catecismo:

As obras de misericórdia corporais são:
1ª Dar de comer a quem tem fome;
2ª Dar de beber a quem tem sede;
3ª Vestir os nus;
4ª Dar pousada aos peregrinos;
5ª Assistir aos enfermos;
6ª Visitar os presos;
7ª Enterrar os mortos.

As obras de misericórdia espirituais são:
1ª Dar bom conselho;
2º Ensinar os ignorantes;
3ª Corrigir os que erram;
4ª Consolar os aflitos;
5ª Perdoar as injúrias;
6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;
7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos.

(Catecismo de S. Pio X. Capítulo IV. "Das obras de misericórdia")



    A coisa complica bastante se relacionarmos o próximo com o sentimento de misericórdia e os meios de comunicação. Torna-se uma missão demasiadamente grande, para qualquer pessoa, mas há um alento nas palavras que li na homepage da Igreja Nossa Senhora do Carmo (Campo Belo- MG): “Cada um dentro de suas possibilidades e dons, pode em diversos momentos da vida fazer obras de misericórdia. Para uns é mais fácil visitar enfermos, para outros é mais fácil ensinar os ignorantes”. Inseriu-se, no ato da misericórdia, dois fatores interessantes. O primeiro fator é que pode-se fazer o que estiver dentro de nossas possibilidades. O segundo fator é a possibilidade de escolher momentos da vida para efetuar as obras de misericórdia.

    Quando eu não consigo ajudar alguém que sofre, sempre me vem à cabeça o tormento de que estou falhando com a misericórdia. Somos falhos. Falhamos ao tentar findar sofrimento alheio, e isso me pesa sempre. Estas palavras acima me servem como remédio para essa dor. Devo sempre fazer de acordo com minhas possibilidades e no momento que julgar ser correto. Deus assim o faz:

“Isaías 30:18


Contudo, o Senhor espera o momento

de ser bondoso com vocês;
ele ainda se levantará

para mostrar-lhes compaixão.
Pois o Senhor é Deus de justiça.
Como são felizes todos
os que nele esperam!”

    Como sou fraco, sei que meu tempo não é o correto, mas é o que posso realizar no momento, diferentemente de Deus, cuja misericórdia vem no momento certo, embora, muitas vezes, não a compreendamos. A verdade é uma só: a misericórdia, nos dias atuais, deve ser praticada para qualquer um que lhe gere o sentimento, mas de acordo com sua possibilidade e tempo.



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