O Dilema do Lucro Compartilhado: A Crise Estrutural dos Estúdios de Anime e o Modelo do Comitê de Produção A indústria japonesa de animação, celebrada por seu crescimento global contínuo e pela capacidade de gerar franquias multibilionárias como Demon Slayer e One Piece , esconde uma profunda crise estrutural que atinge diretamente os estúdios de produção. Conforme revelado pelos relatórios de 2025, embora a receita total da indústria se mantenha em alta, impulsionada em grande parte pelo mercado internacional, os estúdios de animação operam sob o que é frequentemente chamado de "boom sem lucro" (TEIKOKU DATABANK, 2025). Ao analisar a temporada passada, percebi muitas séries com animações que fariam qualquer amador se envergonhar. Isso se deve a um fator cada vez mais evidente: a péssima distribuição de recursos para alguns estúdios. Veja a seguir. A raiz desse problema reside no modelo de negócios dominante: o Comitê de Produção (Seisaku Iinkai). Modelo de negócios que...
Sinopse: Alguns anos após a batalha de Majin Buu, os deuses da criação, Wiss, e da destruição, Bills, se reúnem para buscar um equilíbrio no universo. Ao acordar de um longo período de sono e descobrir que o lorde galático Frieza foi derrotado por Son Goku, Bills desafia o Super Sayajin, que termina sendo facilmente derrotado. Cabe agora aos heróis descobrir uma maneira de parar o deus da destruição. Com argumento original do criador de Dragon Ball Z, Akira Toriyama, A batalha dos deuses é o primeiro longa-metragem da série em 17 anos e o primeiro filme (Retirado do site Ingresso).
O filme é uma
grande homenagem ao universo de Dragon Ball. Akira Toriyama inseriu, neste
filme, todas as características que fizeram dele um mestre do mangá, ou seja,
humor, ação, conduta moral e enredo equilibrado. Inseriu características e
elementos tanto de Dragon Ball, quanto de Dragon Ball Z, por isso, o tom do
filme assemelha-se mais ao do início da saga, afinal, trata-se de um prelúdio
para algo maior. Embora haja essa necessidade de contar o prelúdio, isso não
deixa de lado as grandes batalhas que fizeram a fama da fase Z. Toriyama,
então, conduz este filme com as tonalidades certas, brinca com o humor de
sempre, e quebra paradigmas.
Um dos principais
paradigmas da série, principalmente da série Z, é o orgulho saiyajin. Neste
filme, ele é retratado de uma forma diferente e esta diferença de tratamento,
para este paradigma, insere na trama infinitas possibilidades e diversos novos
caminhos. Existem outros dois paradigmas que foram quebrados, mas inserir
análises sobre eles deixaria esta resenha imprópria para aqueles que almejam
assistir, por isso, paro por aqui.
O humor da série
permanece sutil, simples e ingênuo. Talvez o grande erro deste filme foi ter
errado em algumas piadas, que tornaram este filme mais infantil que os demais.
Isso pode desagradar aos fãs da série, acostumados com a tensão de batalhas
gigantescas que definiriam destinos de planetas e universos, mas não esqueçam
que Dragon Ball sempre possuiu este tom ingênuo das piadas do mestre Akira.
Aliás, estas piadas sempre estiveram presentes, basta ver o Sr. Satã na saga
Cell e, mais adiante, na saga Majin Boo.
O erro foi a edição do filme ter sido feita de forma a deixar o filme mais arrastado. Sobre a dublagem,
ela continua sendo uma das melhores formas de acompanhar esta série e este
filme. Uma qualidade muito boa, com boa tradução e ótimas atuações. Os
personagens principais continuam com excelente tratamento e isso faz a
diferença para a versão lançada no Brasil. Mais adiante, eu farei uma análise
mais profunda sobre o filme.
Cotação: 3 Esferas do Dragão, pois é divertido, humano, abre
novos caminhos para a série e possui todos os elementos clássicos, sendo que
alguns foram revistos.

