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Mostrando postagens com o rótulo escrita

Outros Papos indica: Abroad and Hungry

 Max Ginestra é um youtuber que já passou um tempo percorrendo as ruas da Índia para nos trazer vídeos excelentes sobre a gastronomia e a comida de rua indianas. Eu venho indicar o canal dele, pois tem uma playlist interessante sobre o tema.  Eu fiquei muito curioso sobre a culinária indiana e, confesso, o acho bastante corajoso, pois ele enfrenta algumas situações que me deixariam de cama. E ele, além de valente, mostra-se empolgado com o que come. É um canal que indico, para quem gostaria de ver a comida de rua da Índia. Pegue seu chá e se divirta!

Upgrade de Manual do Escritor Independente!

 Algum tempo atrás, já cansado de correr atrás de grandes editoras para imprimir meus trabalhos, decidi por seguir em um caminho diferente. Optei por escrever através de editoras pequenas e, por consequência, editoras sob demanda. Eu consegui certa experiência com isso e decidi escrever um manual que publiquei.  Manual do escritor independente e outros textos! - PerSe - Publique-se Sinopse do trabalho em questão: "Sou autor de inúmeros livros e colaborador em inúmeras antologias. Escrevo desde 2003, ou seja, já possuo mais de dez anos de estrada e aprendi algumas coisas. Este meu aprendizado, eu lancei em forma de dicas online para meu site “Outros Papos” e, depois, converti para publicação. Através deste livro, eu repasso ao leitor tudo o que aprendi, isto é, desde a forma de arquitetar um bom enredo, até o produto final: o livro. Dou dicas de edição, formatação, estilo e vendas. Se o leitor desejar se tornar um escritor, comece com esta leitura básica. Através deste livro, o lei

Sobreviver sem escrever!

  Sobreviver sem escrever; Incrível! Eu não posso crer; Assim tive que só viver; Pena ardendo no meu ser.   Silêncio na minha alma; Computador desligado; Senti-me todo sem calma; Senti-me amordaçado.   Eu rompi essa mordaça; Eu venci essa desgraça; Ao meu amor retornei; Eu voltei a sorrir, meu rei!    

Escrita: Estratégia do Sapo em Água Quente

Uma irritante estratégia de escrita que se perpetua até hoje Existe um procedimento científico cruel que coloca um sapo em água e vai esquentando a água aos poucos, até o sapo morrer pelas condições próprias da água fervente. Se colocassem água quente direto no sapo, ele pularia para fora do balde. Existe, na escrita, alguns autores que nos colocam na situação do sapo e isso me irrita. O sistema na escrita funciona de maneira semelhante. O sapo (nós) somos colocados de encontro a personagens carismáticos e um cenário com muita comédia nos primeiros capítulos. Tudo bem leve e agradável, isto é, sapo em agua fria. Aos poucos, com o passar dos capítulos, a trama se desenvolve de maneira a revelar tragédias e dramas, até o terrível último capítulo (sapo em água quente). Os autores que recorrem a este tipo de estratégia acreditam que o público iria cair fora da audiência se eles revelassem a tragédia nos capítulos iniciais. Ao apresentar a comédia, e ir desenvolvendo

Diamante em cinzas!

Diz a história bíblica que Moisés tinha a língua pesada . João Batista comia mel e insetos , vivendo em um deserto. Alguém que olhasse para eles não daria importância às suas palavras, se dependesse unicamente de sua apresentação, mas eles tinham um conteúdo forte. Quem fosse além, parasse e ouvisse suas palavras, seria impactado pela mensagem que eles carregavam. Joe Gould foi um excêntrico estadunidense que serve bem como exemplo disso. Quem poderia imaginar que uma pessoa como ele seria personagem de um livro fascinante? E ele, como escritor, nos deixou uma lição. Mesmo que o livro dele seja um grande enigma, se ele o escreveu, ele tinha como meta ouvir a todos e deixar tudo escrito em “ The Oral History Of Our Time ”. Ouvir a todos, conhecer a tudo e escrever. Um objetivo nobre de uma mente instável. Uma utopia que todos devemos perseguir. Devemos parar e ouvir a todos. Devemos ler, mesmo que a forma não esteja adequada, que o estilo seja truncado ou errôneo. P

Graciliano Ramos e a angústia da escrita

Este site está moribundo e eu não planejava usá-lo novamente, mas o Deus Hermes tem seus desígnios e os poetas devem segui-los. Eu me deparei com um problema que Graciliano Ramos resolveria em 140 caracteres, com uma resposta perfeita, mas eu não poderia fazê-lo desta forma. Devo me afogar em rascunhos e textos para responder ao desafio que me foi imposto por uma pergunta. Explico no parágrafo seguinte. No twitter, eu redirecionei para uma matéria do Estadão sobre cursos para escritores que estão proliferando nos EUA e iniciei um bom debate com um amigo. No final das contas, quando usei como exemplo Graciliano Ramos, e um dos seus ensinamentos literários, este meu amigo lançou-me o desafio: “E Graciliano Ramos não se ‘fez’ sozinho?” Deus meu, esta questão tornou-se de difícil resposta para meros 140 caracteres! Quisera eu ter a destreza dos cortes que Graciliano Ramos possuía, e fazer a minha resposta caber dentro daquele espaço. Não sou Graciliano Ramos, infelizmente,

A escrita não é um ato isolado!

Escrita é uma tarefa solitária. Uma ilusão!                                                      Quando comecei a me interessar pela escrita, décadas atrás, eu sempre me vi diante de uma frase que dizia que o ofício da escrita é um ofício solitário. Passei a acreditar nisso e me via como um autor isolado. Uma ilusão que se desfez. Sei, hoje, que a escrita não é um ato isolado.     Um aspecto psicológico que me atraiu nesta profissão se deve à minha infância. Quando criança, eu me via isolado, porque além de tímido, enfrentava problemas com outras crianças que praticavam bullying contra mim. Eu não sabia se estava dentro de uma prisão, ou de uma instituição de ensino. Era normal voltar para casa com um galo na testa, ou as mãos machucadas, por causa da violência das outras crianças.  Eu queria me isolar. Do colégio para casa, eu avistava a banca de jornais, a poucos metros, e já me animava. Era o momento de esquecer as brutalidades da escola e me entregar aos livro