Pular para o conteúdo principal

ACNUR

 

Meus bisavós vieram da Síria fugindo de algo que nunca nos contaram. Minha avó nasceu durante a viagem que fora feita de navio. Eu sempre considerei meus bisavós como refugiados, pois vieram a um país sem saber seu idioma e, como disse, fugindo de algo assustador. Algo tão assustador que meu bisavô fez minha mãe prometer nunca deixar o Brasil. Uma coisa tão sombria, que os fez deixar de lado inclusive sua cultura e costumes, não repassando nada para as novas gerações. Eu nunca aprendi nada sobre a Síria com minha bisavó, quando ela era viva. Esse foi o tamanho do terror que eles deixaram para trás. Assim sendo, eu me motivei a ajudar quem precisava deixar sua nação por conta de perseguição. Sei como isso dói. E eu sempre tive um carinho especial e sempre sofri com as constantes guerras na Síria. Por isso, eu comecei a ajudar novamente o ACNUR.

 

O ACNUR- Alto Comissariado das Nações Unidas Para Refugiados- foi criado em 1950 após a Segunda Guerra Mundial e ganhou um prêmio Nobel da Paz quatro anos após sua criação, em 1954. O ACNUR começou a ajudar os refugiados da Síria em 2011, quando iniciou-se a guerra, que fez deslocar mais de cinco milhões de pessoas para longe de seus lares. Hoje o ACNUR possui mais de onze mil trabalhadores, em 128 países, tentando ajudar mais de 78 milhões de pessoas deslocadas por guerras, tragédias e emergências graves. Segundo dados do próprio site: “A Síria foi o país que mais gerou refugiados no mundo. Cerca de 824.400 pessoas foram forçadas a fugir dos conflitos que assolam o país. As crises na África subsaariana também levaram a novos deslocamentos. Quase 737.400 pessoas deixaram o Sudão do Sul para escapar de uma crise humanitária que cresceu consideravelmente em 2016. Burundi, Iraque, Nigéria e Eritréia também geraram grande número de refugiados.”

 


Eu tenho doado regularmente para a agência e criei esse texto para convidá-los também para doarem, ou participarem, com o quiserem das ações dela. Cliquem no link abaixo para fazerem uma doação e lembrem-se que a dor de perder o seu país é constante e persegue a cada um de nós.

 

Doação feita por Pessoa Física (clique)!


Postagens mais visitadas deste blog

Outros Papos Indica: O Cérebro que se Transforma

Norman Doidge é psiquiatra, psicanalista e pesquisador da Columbia University Center of Psychoanlytic Training and Research, em New York, e também psiquiatra da Universidade de Toronto (Canadá). Ele é o autor deste livro que indico a leitura. O livro, segundo o próprio editor, “reúne casos que detalham o progresso surpreendente de pacientes” que demonstram como o cérebro consegue ser plástico e mutável. Pacientes como Bárbara que, apesar da assimetria cerebral grave, na qual existia retardo em algumas funções e avanço em outras, conseguiu se graduar e pós-graduar. Um espanto para quem promove a teoria de que o cérebro humano é um órgão estático, com pouca ou nenhuma capacidade de se adaptar. “ Creio que a ideia de que o cérebro pode mudar sua própria estrutura e função por intermédio do pensamento e da atividade é a mais importante alteração em nossa visão desse órgão desde que sua anatomia fundamental e o funcionamento de seu componente básico, o neurônio, foram esboçados pela p

Outros Papos indica uma pesquisa- I.A. e as mãos!

 Hoje não vou indicar um canal, mas uma pesquisa. Enquanto eu ainda tinha uma conta no Twitter, eu estudei muitos desenhos feitos por inteligência artificial e notei uma coisa peculiar em muitos deles. A I.A. (inteligência artificial), muitas vezes, não sabe fazer dedos e mãos.  Vou colocar um vídeo aqui que achei criativo. Um vídeo sobre Persona 5, mas com a letra a música sendo usada para gerar desenhos por I.A.. Notem que em alguns dos desenhos essa peculiaridade aparece. Mãos desenhadas de forma errada. Acredito que algumas inteligências podem não saber como construir, porque o programador não inseriu, na engenharia do sistema, a anatomia das limitações impostas pelos ossos. Simplesmente, eu não sei e preciso pesquisar. Pesquisem também.  

Paulo Fukue- O Engenheiro de Papel

 A tradição não é estática. Ela tem uma alteração lenta. Proteger a tradição é honrar os que vieram antes. Esse é um dos princípios de quem conserva. Por exemplo, antes de criar o Jeet Kune Do , Bruce Lee precisou aprender a tradição do box chinês, Wing Chun . Ele observou seus movimentos, treinou sua base, observou sua realidade e desenvolveu sua técnica para preencher algo que ele considerava falho. Ele conservou e debateu sobre mudanças pontuais, até chegar ao seu estilo próprio. Ele não poderia realizar tal feito se não existisse uma tradição de golpes e lutas anteriores. Se ele não tivesse um Yip Man que o ensinasse. Uma tradição que é mantida é sempre essencial para evoluções futuras e um mestre de hoje sempre aprende com um mestre do passado. Assim a tradição se movimenta. É assim também nas ciências, nas artes e no mundo inteiro. Uma sociedade que respeita seus mestres (professores de grande saber) pode evoluir mais rapidamente. Nesse sentido, toda a forma de divulgação de mest