O que é essa maldição? Eu penso comigo mesmo como poderia ter sido tão feliz e, ao mesmo tempo, tão cruelmente torturado. Quando eu a vi passar pelos campos do castelo, me impressionei com a beleza que deixava o próprio Sol envergonhado. Quando estava de vigia na torre, a via em confidências com a Lua. Os pássaros, corvos e corujas pareciam render-lhe graças. Em um dia de outono, minha espada se mostrou útil. Atacada enquanto caminhava pela estrada real, seus guarda-costas, eunucos, rapidamente foram derrotados por uma vil criatura. Eles não tinham o que era preciso para defendê-la. Eu a vi por acaso, quando retornava de meu treino matinal com a espada, ao lado de meu fiel pai. Meu pai, guarda real de confiança de um nobre conde, foi o primeiro a pressentir o perigo e a se dispor a ajudar. Eu não tinha tanto fôlego, mesmo sendo mais jovem, pois ele defendia a nobreza com um espírito incorruptível. Para ele, os nobres eram passageiros, mas a realeza parecia ser um estado de espírito per...
Outros Papos Drops #1
Estou estreando este novo formato para o blog. Drops serão
textos curtos com, no máximo, doze linhas sobre um determinado assunto.
Tentarei abordar, no mínimo, dois assuntos por atualização. Irá substituir os
quadrinhos de sexta-feira.
Adaptação de Games
Quando um produto baseado em um jogo é lançado, os jogadores
esperam um pouco de respeito e qualidade quando seu jogo for adaptado para
outra mídia. Coisa que não vimos em Chain Chronicle (clique)
e Schoolgirls Strikers. Em ambos os casos, existe uma convergência
desagradável: o que os autores fizeram com o personagem principal (o personagem
que representa o jogador). Para a primeira adaptação, o personagem é retratado
como incapaz de vencer o vilão final (Final Boss), ou seja, um incompetente que
pode acabar virando o Black Knight; já na segunda adaptação, o personagem
principal é esquecido. Ele não existe. Se o primeiro ofende o jogador por
retratá-lo como um imperito, o segundo ofende ainda mais, simplesmente por
esquecer de nós. Aprendam, escritores, a respeitar o personagem principal,
aprendam a respeitar quem nos representa no jogo!
Bem e Mal
Ultimamente, tem aparecido uma vertente filosófica que prega
que Bem e Mal não existem. Provavelmente, pode ser um novo caminho para a
teoria de Santo Agostinho sobre a criação do Mal. Eu não concordo com isso. A
razão, sabe-se, é uma ferramenta amoral que interfere no ambiente do indivíduo
com consequências. Os efeitos desta interferência estão situados no campo
filosófico que podemos definir como Bem e Mal. Ambos, então, existem como
consequências da ação da razão.