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Heróis que dançam!

Heróis dignos;   Lutam por seus ideais;   Dançam em festa;   Cerejeiras florescem;   Vencem pela nobreza. Uma curiosidade dos filmes indianos é que eles reproduzem sempre festividades, então, possuem cantos e danças. Aqui uma dança do filme RRR! 

A Place Further Than The Universe


A Place Further Than The Universe
http://www.crunchyroll.com/a-place-further-than-the-universe



Sinopse via Crunchyroll: “Paisagens nunca antes vistas. Sons nunca antes ouvidos. Perfumes nunca antes cheirados. Comida nunca antes degustada. E uma explosão de emoção nunca antes sentida. Esta é a expedição que vai recolher as peças espalhadas e as sensações perdidas. Quando chegarmos lá, o que passará por nossas cabeças? Uivando, ângulo de 40 graus. Berrando, ângulo de 50 graus. Gritando, ângulo de 60 graus. Uma terra erma, além do mar. O ponto mais ao sul de todos, distante de toda civilização, no cume da Terra. Através dos olhos das garotas, encontraremos luzes pelas quais viver amanhã”.




Que diabo de sinopse é esta? 😊 Deixando a brincadeira de lado, esta sinopse nos leva a conhecer um desejo inerente a todas as personagens desta série. A sinopse nos leva para dentro do sentimento das personagens. A animação produzida pela Mad House, com direção de Atsuko Ishizuka, com roteiro de Jukki Hanada e desenho de personagens de Takahiro Yoshimatsu, vem contar a história de uma expedição civil à Antártica. Não apenas uma expedição civil, mas uma jornada por conhecimento e por um futuro.

Eu quase encaixei esta série no “slice of life” (veja definição do tema no tópico de sexta-feira passada) e a fiz competidora de Laid-Back Camp, pois ela é o cotidiano de 4 personagens tentando alcançar um objetivo comum, que é uma viagem até a Antártica, mas, daí eu pensei e cheguei a conclusão que viajar até o polo do planeta não pode ser caracterizado como algo comum a um estudante. Por este motivo, eu não encaixei a série em “slice of life”. A série está mais para uma aventura de descobrimento. Concluindo desta maneira, eu resolvi dar a esta série o prêmio especial: Melhor Aventura!

E por que eu a escolhi como melhor aventura da temporada passada? Porque é uma aventura de descobrimento, ou seja, ela apresenta elementos que gosto de ver em uma aventura. Vou simplificar o Monomito[1] em quatro elementos: partida, iniciação, descobrimento e retorno.

Kimari é uma típica estudante que está terminando mais uma fase de sua vida e não sabe bem o que fazer da vida, até conhecer Shirase que está determinada a ir para a Antártica. Deste encontro, Kimari reúne forças para realizar algo diferente em sua vida e passa a ajudar Shirase a cumprir seu objetivo de vida. Ambas desejam ir para a Antártica. Este é o primeiro passo do caminho do herói, ou seja, a partida. O que têm de mais aqui? A partida é um elemento gradual. Até conseguirem realmente embarcar na expedição, elas passam por um processo lento e cuidadoso, mostrando etapas do crescimento psicológico delas. A aceitação de outras duas garotas, cada qual com um motivo diferente para a aventura, vai reunindo elementos dramáticos e cômicos à jornada. E é algo tão sereno que quase nos passa desapercebido que a etapa de iniciação já estava em curso também.





A iniciação é tão importante neste enredo, que ela praticamente permanece por toda a jornada da história. Toda a iniciação para a jornada, com o cumprimento de etapas, o treinamento durante a expedição e, por fim, no arco final materno.

No arco final materno vemos o desfecho do descobrimento que traduzo como o maior crescimento emocional da série. Neste arco vemos os personagens resolvendo suas questões internas, enfrentando o passado para poder seguir em frente e caminhando para uma evolução emocional e psíquica dignas de um filme bem realizado. Neste ponto, elas estão prontas para o regresso/retorno que consiste em aceitar seu aprendizado e torná-lo prático para sua vida vindoura.

A jornada para a Antártica, na verdade, consiste na jornada do herói com descobrimento interior e crescimento emocional dos personagens. Um enredo que cuidou com carinho e sentimento das angústias daquelas jovens personagens.Tudo isto realizado com ótimas escolhas de câmera, com dublagens fortes e uma animação fluida. E o enredo merecia este tratamento de qualidade que o estúdio Mad House podia dar e deu.  E é isto que gosto em uma aventura.    








[1] Jornada do Herói: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Monomito>

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