A Trilogia Mononoke – Uma Obra-Prima de Animação que Resgata Valores Profundos e Me Toca Pessoalmente
Crítica: A Trilogia Mononoke – Uma Obra-Prima de Animação que Resgata Valores Profundos e Me Toca Pessoalmente
Hoje eu vim falar de algo que me deixou completamente arrebatado: a série de filmes Mononoke, baseada naquela série de TV clássica de 2007 que é um spin-off de Ayakashi: Samurai Horror Tales. Se você é fã de animações japonesas com toques de horror psicológico, mistério e uma estética visual que parece saída de um sonho alucinante, essa trilogia é obrigatória. Os dois primeiros filmes já estão disponíveis na Netflix globalmente – o primeiro lançado em novembro de 2024 e o segundo em meados de 2025 – e eu não consigo parar de recomendar. Ah, e tem um detalhe pessoal: eu participei da produção do primeiro filme via Kickstarter em 2022, para a aquisição da midia física! Sim, meu nome está lá nos créditos finais, graças a uma campanha de crowdfunding lançada em 2022 para celebrar o 15º aniversário da série original. Foi incrível contribuir para reviver essa joia cultuada pelo diretor Kenji Nakamura depois de mais de uma década. Sinto um orgulho imenso por ter ajudado a tornar isso realidade, junto com uma comunidade global de fãs dedicados.
Para quem não conhece, a trilogia gira em torno do enigmático Vendedor de Medicamentos, que exorciza espíritos malignos chamados "mononoke" – entidades nascidas da fusão de emoções humanas intensas com forças sobrenaturais. O estilo visual é único: uma mistura de texturas de papel japonês tradicional com gráficos computacionais modernos, criando uma experiência imersiva e psicodélica que te suga para dentro da tela. Mas o que realmente me conquista são as mensagens poderosas dos dois primeiros filmes. Eles exploram as complexidades das emoções humanas, a supressão da individualidade em sociedades hierárquicas e a busca por verdade e redenção. Em um mundo cada vez mais caótico, esses temas incentivam uma reflexão profunda sobre como sentimentos reprimidos podem se transformar em algo destrutivo. No primeiro filme, há uma crítica afiada à conformidade social e aos fardos emocionais que carregamos para nos encaixar no coletivo, o que me faz pensar em como perdemos nossa identidade em prol de expectativas alheias. Já o segundo vai ainda mais fundo em valores conservadores que eu admiro, como o pró-vida: o yokai Hinezumi surge como um protetor da maternidade e do nascimento, defendendo a sacralidade da vida e da continuidade familiar a qualquer custo, mesmo em meio a invejas e conflitos que ameaçam a criação de novas vidas. Isso ressoa forte comigo, especialmente em tempos onde debates sobre vida e família estão tão polarizados. É uma narrativa que promove empatia e o confronto com verdades internas, evitando o caos emocional – e, na minha opinião, faz isso de forma magistral, sem ser panfletária.
Vamos ao que interessa: minha análise dos dois primeiros filmes. Começando pelo Mononoke the Movie: Phantom in the Rain (Gekijōban Mononoke: Karakasa). A sinopse se passa nos aposentos femininos (Ōoku) do Castelo de Edo, seguindo duas novatas, Asa e Kame, em um mundo de intrigas políticas e rivalidades. Asa é ambiciosa e inteligente, enquanto Kame busca pertencimento. Elas participam de um ritual sacrificial à Deusa da Água, formando um laço, mas uma tragédia desperta um mononoke vingativo. O Vendedor de Medicamentos chega para desvendar a Forma, Verdade e Razão do espírito. Na produção, dirigido por Kenji Nakamura com roteiro dele e Kōji Yamamoto, o estúdio EOTA e Toei Animation entregam uma animação soberba, com vozes incríveis como Hiroshi Kamiya no protagonista e Tomoyo Kurosawa como Asa. A duração de cerca de 90 minutos voa, e os visuais – graças ao designer Yuichi Takahashi e compositor Taku Iwasaki – são alucinantes. Eu amei como o filme critica dinâmicas de poder opressivas, e os críticos concordam: Richard Eisenbeis, da Anime News Network, deu nota A, elogiando o mistério e temas bem explorados. Para mim, é uma obra que te deixa boquiaberto no clímax – animação anos à frente do seu tempo!
Agora, o Mononoke the Movie: Chapter II - The Ashes of Rage (Gekijōban Mononoke: Hinezumi), que continua no Ōoku com feudos familiares e inveja dando origem a um espírito furioso, o Hinezumi – uma divindade guardiã na forma de ratos que protege a maternidade. O foco em tramas de engano e raiva, especialmente em torno da personagem Fuki, destaca os custos da rivalidade onde herdeiros são essenciais. Dirigido por Nakamura e Kiyotaka Suzuki, com cerca de 74 minutos, mantém a excelência visual e sonora. As vozes, incluindo Yôko Hikasa e o retorno de Kamiya, são impecáveis. Aqui, o pró-vida brilha: o yokai salvaguarda a vida nascente, uma mensagem conservadora que eu aplaudo por sua profundidade em meio ao horror. Críticas positivas não faltam – no IMDB, nota 7.2, com elogios à narrativa enganosa e visuais como um "livro ilustrado em chamas", como disse Susana Polo na Polygon. Na minha visão, não decepciona e eleva a trilogia a um patamar de obra-prima contemporânea.
No geral, Mononoke é uma das maiores conquistas da animação japonesa recente. Se você curte gêneros como fantasia, horror e thriller psicológico, corra para a Netflix. E o terceiro filme? Mal posso esperar! Como apoiador do primeiro via Kickstarter, sinto que ajudei a preservar esses valores e narrativas que tocam a alma. O que vocês acham? Até a próxima crítica!
Revisado usando Grok!