Conheçam mais sobre esse incrível cantor! Olá, pessoal! Como nessa semana eu analisei as melhores aberturas da temporada, segundo meu gosto pessoal, resolvi fazer esse vídeo falando um pouco mais sobre o primeiro colocado. Kocchi no Kento canta "Kekka Orai", que é a música-tema de My Hero Academia Illegals . Vamos conhecer um pouco sobre o trabalho dele? Antes de mais nada, vale lembrar que, como estou com receio de levar strike nesse vídeo, vou apenas citar as obras e colocar imagens sem som, ok? Assim, seguimos com conteúdo seguro para o canal. Kocchi no Kento, cujo nome verdadeiro é Kento Sugō , é um cantor e compositor japonês nascido em Minoh, Osaka , no dia 13 de junho de 1996. Ele começou sua carreira musical em 2019, compartilhando vídeos de covers a cappella no YouTube, onde rapidamente ganhou atenção por seu talento vocal e criatividade. Segundo o canal dele no YouTube, que deixo aqui na descrição do vídeo, ele é um Green Multi Artist . Durante a universidade, ...
Fate Zero: O diálogo dos reis!
Fate Zero, a séria, está
liberada para a nossa região, através do Crunchyroll, e, desse modo,
pude observar esta espetacular série e seu enredo. Não preciso salientar a
maravilhosa animação, com impecáveis movimentos, luzes, cores e mistura
excelente de animação 2-D com a arte 3-D CGI. Então, quero me firmar em um
único capítulo, em um diálogo entre os três reis: Rei dos Conquistadores, Rei
dos Reis, e Rei dos Cavaleiros, pois são claras definições de moral, lei e
ética. Cliquem nas palavras para ampliarem o leque de conhecimento de cada uma
delas, pois elas não se esgotam neste texto. Aliás, acho que nunca teremos um
fim para a definição de ethos, mores e leis.
Antes de mais
nada, neste capítulo, Rider (Rei dos Conquistadores, ou Alexandre o Grande)
visita Saber (Rei dos Cavaleiros, ou “Rei” Arthur) e convida Gilgamesh (Rei dos
Reis) para tomarem vinho e discutirem sobre suas posições em relação ao uso do
Graal. Aqui, percebemos a verdade de cada um. A palavra verdade, aqui usada, tem
o sentido defendido por São Tomaz de Aquino.
“A verdade tem
contornos ambientais e cada um a reconhece, à sua maneira, através de estados
íntimos nem sempre transferíveis e tão pouco comunicáveis.”
O diálogo
mostra claramente, essa verdade, isto é, o que cada um presenciou e viveu em
sua época, dando a clara distinção do que cada um percebe como destino do “Rei”.
Em meus estudos, percebo que mores é um conjunto de
valores que um indivíduo segue e que, coletivamente, sendo adotada por uma
sociedade, dá lugar ao ethos
(ética) que a estuda e regulamenta.
Rider demonstra,
em um texto claro, que a conduta do rei deveria ser para sua satisfação
pessoal. A conduta do rei diz respeito a ele unicamente. O Rei usa a nação para
seu benefício pessoal. O rei não deve satisfação a ninguém. Alexandre- O Grande
demonstra que o mores de sua época
beneficiava unicamente o rei pela visão mística que a sociedade tinha da
família real, em especial o rei. É a clara definição de mores, isto é, “do conjunto de normas associadas a ideias sobre
formas lícitas e ilícitas de comportamento, conjunto este aceito e sancionado
por uma determinada sociedade” (Marcus Cláudio Acquaviva). Rider demonstra, com
isso, sua força e sua paixão pela liderança. Força e paixões que conquistaram
um exército de heróis que lutam por ele e para ele. Um carisma tão intenso,
digno de líderes extremistas, que abraça toda uma sociedade e a converte em
peões usados para seu próprio proveito.
Saber já
demonstra um outro lado da conduta do mores, o que eu considero o êthos (como definição
em latim para caráter). Saber tem,
como visão, que o rei deveria servir seu povo e protegê-lo. Que sua satisfação
era proteger seu país e vê-lo reerguido como uma nação forte e novamente
dominante. O amor à pátria. Diferentemente
da paixão insana que abraça a causa de Alexandre, o amor patriótico de Saber
não deseja o sacrifício pessoal de seus cidadãos. Considero o ethos, pois a visão da Saber é mais coletiva, e Rider é,
teoricamente, um rei individualista. Enquanto, Saber demonstra um ethos, o Rei dos Conquistadores
demonstra um mores individual.
Para deixar
mais clara a definição entre eles, Osvaldo Ferreira de Melo, doutor em Direito,
e professor aposentado da UFSC, assim relata o ethos, “Ética já não é entendida como objeto descritível de uma
Ciência, nem tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se agora de conduta
esperada pela aplicação de regras morais no comportamento social, o que se pode
resumir como qualificação do comportamento do homem enquanto ser em situação”. Virginia E. N. Raymundo assim explica: “A
ética é coletiva, não sendo coercitivamente imposta, nem tem sanção para o seu
descumprimento, exceto a reprovação popular”.
Gilgamesh, o
rei dourado, interpõe pouco no diálogo, que fica restrito à Rider e Saber, mas
em suas poucas palavras nota-se a clara definição, da tarefa do Rei, de guiar
através de Leis impostas por ele. Sua posição é de superioridade, por ser Rei
dos Reis, então, pouco importa a ele defender sua opinião. Sua vontade, e sua
palavra, é soberana. Ele apenas observa seus rivais. Gilgamesh é a
representação da lei soberana. É até engraçado, pois, enquanto ethos e mores duelavam em um debate intenso, a lei permanecia calada,
apenas observando.
Poder absorver
tudo isso, simplesmente em um capítulo, me fez render-me ao roteiro. Roteiro
que nos tira da zona de conforto, nos apresenta um universo palpável, com personagens carismáticos e
reviravoltas interessantes. Essa série é ótima!