O que é essa maldição? Eu penso comigo mesmo como poderia ter sido tão feliz e, ao mesmo tempo, tão cruelmente torturado. Quando eu a vi passar pelos campos do castelo, me impressionei com a beleza que deixava o próprio Sol envergonhado. Quando estava de vigia na torre, a via em confidências com a Lua. Os pássaros, corvos e corujas pareciam render-lhe graças. Em um dia de outono, minha espada se mostrou útil. Atacada enquanto caminhava pela estrada real, seus guarda-costas, eunucos, rapidamente foram derrotados por uma vil criatura. Eles não tinham o que era preciso para defendê-la. Eu a vi por acaso, quando retornava de meu treino matinal com a espada, ao lado de meu fiel pai. Meu pai, guarda real de confiança de um nobre conde, foi o primeiro a pressentir o perigo e a se dispor a ajudar. Eu não tinha tanto fôlego, mesmo sendo mais jovem, pois ele defendia a nobreza com um espírito incorruptível. Para ele, os nobres eram passageiros, mas a realeza parecia ser um estado de espírito per...
Vou ser radical em minhas considerações, após várias decisões do STF (só para citar algumas: extinção da lei de imprensa, caso Battisti e lei da ficha limpa)! Quando discuti, no facebook, sobre o processo da “Lei da Ficha Limpa”, eu lancei uma pergunta: o que seria mais importante, o choro de uma criança faminta, cujo o recurso financeiro havia sido desviado por um “ficha-suja”, ou a lei seca interpretada por supostos doutores na lei? Lógico que ninguém respondeu, porque o choro de uma criança faminta ecoa fortemente nos corações ainda sadios. A minha resposta é que, para o bem social, a ficha limpa deveria valer para as eleições passadas. Infelizmente, valeu a lei seca e a criança, ainda hoje, chora de fome. Agora, o STF julga o exame da OAB constitucional, mesmo que, para isso, ignore artigos e cláusulas pétreas. Cláusulas estas, infelizmente, interpretadas de maneira diferente do habitual para preservar uma ordem já estabelecida. É o grande mal da hermenêutica! Se puderem, olhem os...