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Outros Papos indica: Abroad and Hungry

 Max Ginestra é um youtuber que já passou um tempo percorrendo as ruas da Índia para nos trazer vídeos excelentes sobre a gastronomia e a comida de rua indianas. Eu venho indicar o canal dele, pois tem uma playlist interessante sobre o tema.  Eu fiquei muito curioso sobre a culinária indiana e, confesso, o acho bastante corajoso, pois ele enfrenta algumas situações que me deixariam de cama. E ele, além de valente, mostra-se empolgado com o que come. É um canal que indico, para quem gostaria de ver a comida de rua da Índia. Pegue seu chá e se divirta!

ABTA 2020- Dados do Setor!


Dados do setor- ABTA 2020

Todos os anos, eu analiso os dados do setor de canais por assinatura e banda larga. É uma tradição que começou nos tempos em que o canal Locomotion existia. É, também, uma tradição do blog começar o texto dessa forma: relembrando aspectos do passado. Para o texto de 2017, no qual eu já observava o avanço incontestável da banda larga e a retração do setor, eu escrevi em minha conclusão: “Para tentar conter essa sangria, eu recomendo aos canais por assinatura que se aliem à internet, através de maiores e melhores portais. Não busquem tentar rivalizar com a tv aberta, por audiência, ou por anunciantes. Melhorem a programação, isto é, voltem ao básico: programação sem intervalos comerciais, diversificada e disponível na internet para todos. Somente assim voltarão a crescer”.

Ano passado, eu adquiri uma nova televisão e percebi que ela já vinha com aplicativos de canais por assinatura em seu sistema de interação. A televisão em questão é uma LG, e ela já vinha com Netflix, Amazon e identificou minha assinatura e instalou automaticamente um sistema de canais da Vivo TV. Eu até me impressionei com isso. E isso é uma resposta para a crescente queda de interesse da população brasileira em assinar pacotes de televisão a cabo.

E como está indo o setor? Segundo dados obtidos pela ABTA, e que o gráfico abaixo relata, o setor vem, desde 2014, em queda, com uma leve recuperação em 2017. Entretanto, o mercado continuou em declínio nos anos seguintes. Em 2019, o setor fechou com 16 milhões de assinantes, um número que o aproximou de 2012. É realmente um marco que define o constante desinteresse do público em assinar pacotes de televisão por assinatura.



Acredito que já temos definido um parâmetro para a crise do setor, pois a decadência dos números é bem visível. Estamos vendo algo bem próximo ao que aconteceu com a grandiosa Blockbuster, que se viu engolida pelos serviços de streaming e desapareceu. Segundo o que se observa é que os serviços de streaming estão engolindo o setor.



A internet em banda larga, por sua vez, está indo muito bem no Brasil, com anos seguidos de crescimento. A liberdade para se trabalhar, se divertir e buscar informação, que a internet nos traz, está impulsionando sempre o setor a crescer. É impressionante, pois o gráfico mostra um crescimento constante desde 2002. Já são 18 anos de crescimento. E, com dados de 2019, percebemos que o Brasil já conta com 12,7 milhões de assinantes e a internet melhorou bastante. Apesar de ainda estarmos muito longe dos melhores países, a nossa internet está ficando cada vez mais rápida e segura. Segundo avaliação do site “Minha Conexão”[1], as dez capitais mais rápidas do Brasil são:

1° - Teresina - PI: 45.5Mbps
2° - Macapá - AP: 43.1Mbps
3° - Florianópolis - SC: 41.5Mbps
4° - Porto Alegre - RS: 39.8Mbps
5° - São Paulo - SP: 37.6Mbps
6° - Curitiba - PR: 37.3Mbps
7° - Belo Horizonte - MG: 36.5Mbps
8° - João Pessoa - PB: 36.3Mbps
9° - Brasília - DF: 36Mbps
10° - Fortaleza - CE: 36Mbps

Eu não lembro em que ano foi, mas a média da velocidade de internet no Brasil já foi medida abaixo de 3Mbps, então, o crescimento da velocidade está muito evidente. E isso ajuda ao setor de streaming. O crescimento da quantidade de assinantes, como se observa, está sendo seguido pelo crescimento da qualidade da velocidade em muitas regiões do país.

Conclusão

O que se conclui, em mais um ano, é que a internet está engolindo o setor, porém, diferente dos outros anos, o setor de televisão por assinatura está reagindo e usando a internet para se manter, como é  caso que observei em minha tv LG e seus aplicativos conectados. O que posso observar, nesse momento, é que, assim como o cinema não matou o teatro, a internet não matará a televisão por assinatura, mas vai fazê-la se adequar às exigências do mercado. Acredito que, em um futuro bem próximo, por exemplo, não teremos mais decodificadores para a assinatura de pacotes de canais a cabo, apenas aplicativos conectados a televisões, tablets e consoles de videogames.  


[1] Leia: <https://www.minhaconexao.com.br/ranking/>

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