Quatro Faces do Sobrenatural No Japão tem uma história pra contar, Quatro nomes que podem confundir, Mas cada um tem seu próprio lugar, Vem comigo que eu vou te traduzir. Akuma é um espírito da escuridão, Não é diabo, mas traz complicação. Na cultura, é vilão a se temer, Mas no fundo, é pra ensinar a crescer. Akuma, Maou, Oni e o mal ancestral, Quatro figuras de impacto cultural. Cada um com seu papel pra revelar, Entre mitos e lendas, há muito a explorar. Maou é o rei de um reino infernal, Um soberano num mundo surreal. No anime, é até gente boa às vezes, Mas no mito, trazem crises e reveses. E o Oni? É força bruta e emoção, Pode ser bom ou uma grande confusão. Tem chifres e uma pele vermelha ou azul, Mas no fundo é só mais um guardião cultural. Akuma, Maou, Oni e o mal ancestral, Quatro figuras de impacto cultural. Cada um com seu papel pra revelar, Entre mitos e lendas, há muito a explorar. Os demônios bíblicos são outro lugar, Histórias que vêm pra moral ensinar. São anjos caí...
Antes de mais nada, preciso responder a algumas questões.
Fantasia é ficção? Sim. E ficção é fantasia? Sim. Então, qual o motivo de
separar e criar duas premiações diferentes? Apesar de estarem unidas por
fundamentos, existem diferenças entre elas.
Definição
do site Conceito.de (https://conceito.de/fantasia)
com grifos meus.
“Na literatura, o género
fantástico é aquele que apresenta elementos
imaginários e sobrenaturais no
seu argumento. Trata-se de um género que viola as regras da realidade, com
animais que falam, monstros, pessoais imortais e seres que viajam no tempo.
A ficção científica,
igualmente chamada de literatura de antecipação, é um género que surge pela
combinação da fantasia (aquilo que não existe verdadeiramente) e da ciência. Prevê situações que nunca
aconteceram (irreais, portanto), mas que poderiam ter lugar graças ao avanço do
conhecimento científico.”
Desta forma, enquanto podemos classificar Grancrest como fantasia, por usar elementos sobrenaturais em seu enredo, o vencedor desta categoria tende a unir a fantasia de um futuro imperfeito, abordando o uso de um enredo que foca em uma tecnologia futurística, com robôs e ciência genética e, portanto, torna-se uma obra centrada na ficção.
MELHOR FICÇÃO DA TEMPORADA – DARLING IN THE FRANXX
http://www.crunchyroll.com/darling-in-the-franxx
Sinopse via Crunchyroll: “Simulcast on Sábados 1:00pm -03
Futuro distante: a humanidade se estabeleceu em Latifúndios,
cidades-fortalezas erguidas sobre os destroços da guerra, e a civilização
floresceu. Nessa cidade, há o Mistilteinn, um quartel de pilotos também
conhecido como Gaiola. É lá que as crianças vivem... Alheios ao mundo de fora e
da vastidão dos céus. Sua única missão em vida é lutar. Seus inimigos são os
urrossauros, gigantescos organismos misteriosos. As crianças operam robôs
chamados FRANXX para enfrentar esses inimigos desconhecidos, crentes de que
esse é seu objetivo de vida”.
Vou utilizar a mesma linha de raciocínio para julgar esta
obra que usei para julgar Grancrest. Dê uma olhada na semana passada, para
acompanhar esta explicação.
1-
A realidade aqui cativa por ser sombria. O autor
não explica muita coisa. E esta ausência de explicações nos faz imaginar. Por
exemplo, aonde estão os adultos? São poucos os adultos que aparecem na série e, geralmente, estão escondidos atrás de máscaras, ou possuem próteses.
Como as crianças foram criadas? Clonagem ou manipulação genética? O que houve
com a humanidade? Como a humanidade quase foi exterminada? São várias perguntas
que ainda estão sem respostas. E a coisa piora quando prestamos atenção nas
imagens ao redor dos personagens, pois as imagens contam uma história diferente
da história na qual os jovens pilotos estão inseridos. As imagens deixam
entendido que estes pilotos não terão futuro, pois aqueles que estão cuidando
deles não parecem humanos. Cidades sem ninguém, adultos sem rosto, experiências
em laboratório. A cada dia, eles parecem apenas ferramentas que serão
descartadas ao final. Este pessimismo na realidade é o que me cativou a
assistir. O pouco que se conta deixa muito para a imaginação.
2-
A ameaça na série parece ser a presença dos
monstros chamados de Urrossauros, porém, parece existir uma ameaça maior aos
pilotos. Uma ameaça ligada aos que cuidam deles. A cada episódio, a impressão
que tenho é que eles estão em um abatedouro. Caso deixem de cumprir com seus
objetivos, serão descartados. Temos, então, duas ameaças presentes. Acredito
que a maior delas é a que vem do laboratório. A ameaça daqueles que, na minha opinião, parecem humanos mas não são. Este tipo de ameaça obscura é um ponto forte no roteiro.
3-
Os personagens principais (Hiro e Zero Dois) possuem
uma fortaleza única. Eles não são bidimensionais, e nenhum deles é. Zero Dois é uma cria de
laboratório, que conheceu a beleza através de um livro infantil ilustrado. É arredia,
pois sempre foi tratada como uma cobaia para experiências. Apesar disto, sonha
em encontrar o amor que a libertará, seu darling. Já Hiro é um piloto que quase
foi descartado. Esta ameaça de descarte o fez mais agressivo e mais empenhado
em mudar e se transformar em um piloto que vá contribuir com a sua equipe. Quando
os dois se juntam, ela percebe nele seu amparo e ele percebe nela seu futuro.
Os personagens, portanto, mostram inúmeras frustrações, inúmeros sonhos e uma
dinâmica muito bem engrenada pelo amor. Esta é a fortaleza deles. Os demais
pilotos mostram-se bem construídos, com diversas histórias românticas que, ora
são bem-sucedidas, ora fracassam. Pessoas que demonstram mesquinhez, egoísmo e que traem aos seus companheiros. Por terem muitas nuances, eu analiso que eles tem profundidade psíquica.
4-
A dinâmica entre eles está tão bem descrita em
vídeo, que deixo aqui o vídeo do Intoxi Anime sobre um dos episódios da série. Sim, também me emocionei com esta história!
5-
E, por fim, o suspense está na frase da Zero
Dois: “Ninguém aqui virará adulto”! A ameaça que descrevi acima, que vem
justamente do laboratório que os criou, é que deve ser a origem desta frase da
personagem. Como o enredo já vem apontando, todos os pilotos estão em perigo e
este perigo não advêm apenas dos Urrossauros.
A série está, desta forma, construída a não te dar todas as
respostas. Ela te dá algumas pistas e te deixa construir, imaginar, a realidade
ao redor dos personagens. Ela mostra uma interação incrível dos personagens e
uma ameaça não velada. É um enredo muito bem construído para te deixar curioso,
se envolver com os pilotos, te fazer se importar com eles e criar uma realidade
simples através do pouco que te informa. Sem contar a direção competente que sabe usar o melhor ângulo de imagem para cada cena, além da trilha sonora que é impecável! É uma série que te força a sentir os personagens e colocar seu coração na garganta!
Além disso, a pilotagem em dupla que a série mostra é usada
com elementos subliminares. Isto é, para os atentos, as cenas de interação dos
pilotos, as cenas de pilotagem, os diálogos e as situações sempre remetem a
algo mais picante. E isto é um elemento bônus do enredo e que diverte bastante.
Por tudo isto, Darling In The Franxx ganhou o título de
melhor ficção.
Ichigo, na semana passada, usou de sua posição militar, bem como de sua relação para com os outros pilotos a seu comando, para separar o Hiro da Zero Dois. Ela alegou estar defendendo o Hiro, quando, na verdade, ela só queria o Hiro para si. Este sentimento mesquinho, com o uso de seu cargo e funções, fez dela a personagem mais mesquinha da temporada. Separou um casal para não ver seu amor (Hiro) com outra. E comprovou que os personagens possuem uma boa profundidade psíquica!
SPOILER...SPOILER...SPOILER
Troféu Personagem mais mesquinha!
Ichigo, na semana passada, usou de sua posição militar, bem como de sua relação para com os outros pilotos a seu comando, para separar o Hiro da Zero Dois. Ela alegou estar defendendo o Hiro, quando, na verdade, ela só queria o Hiro para si. Este sentimento mesquinho, com o uso de seu cargo e funções, fez dela a personagem mais mesquinha da temporada. Separou um casal para não ver seu amor (Hiro) com outra. E comprovou que os personagens possuem uma boa profundidade psíquica!
Ichigo, o Troféu Mesquinhez é seu!