Pular para o conteúdo principal

Outros Papos indica: Howl's Moving Castle

Revisão: Copilot Sengoku Youko trouxe à tona muitas das minhas lembranças. Uma delas, que me enche de saudade, foi quando levei minha avó para assistir a Howl’s Moving Castle e testemunhei sua maravilha diante dos detalhes desse magnífico filme do grande mestre Hayao Miyazaki. Durante a semana de Sengoku Youko , aprendi uma lição importante sobre a brevidade da vida. Minha avó partiu há algum tempo, mas sua lembrança permanece forte em meu coração. Clique na imagem para comprar via Amazon. Data do print: 03/04/2024 Howl’s Moving Castle (ou O Castelo Animado em algumas traduções) é um filme de animação japonês lançado em 2004 , escrito e dirigido por Hayao Miyazaki . O filme é baseado de forma livre no romance homônimo de 1986 , escrito pela autora britânica Diana Wynne Jones . A história se passa em um reino fictício onde a magia e a tecnologia do início do século XX coexistem, em meio a uma guerra com outro reino. A protagonista, Sophie , é uma jovem chapelaria que é transformad

Gojira, Godzilla (2014) Com Spoilers!



A Legendary Pictures lançou, junto com a Warner, uma nova versão cinematográfica do grande cult japonês Godzilla. A questão que muitos têm levantado é se esta nova adaptação seria mais fiel que a versão de 1998 (IMDB). Posso dizer que é muito mais fiel ao clássico, que o terrível filme de 98. Érico Borgo chegou a comentar, em vídeo para o Omelete, que seria quase uma continuação do filme japonês de 1954 (IMDB). Eu concordo!


Posso dizer que o filme possui o enredo voltado para duas questões práticas que se relacionam: 1- Não controlamos a natureza e esta é representada pela força dos monstros que aparecem em tela. A luta entre estas espécies dá o tom mais próximo do filme de 54. 2- O drama da humanidade que se vê às voltas com elementos incontroláveis, também bem próximo do Gojira (1954).





Ao entrar no cinema, eu não pude segurar a angústia da dúvida de que este filme poderia ser mais uma bomba, pois é difícil segurar um enredo como este, ou seja, que mostre um embate entre titãs e, ao mesmo tempo, o drama de uma família que se vê tragicamente envolvida nesta batalha.  O enredo mostra-se suave com o equilíbrio destas questões, portanto, em poucos minutos de exibição, o meu receio foi esvaindo e dando lugar à empolgação de uma história bem contada.





Como parte do primeiro ponto já mencionado, a crítica nuclear de 1954 fez-se presente constantemente, com referências à Hiroshima e até à Fukushima. Os desastres naturais também foram relevantes na história, com citação até dos últimos tsunamis, mas não ficou algo apelativo. O enredo os inseriu de maneira a não chocar, mas fazer com que a história pudesse ter um apelo mais realístico. Com tudo isso, o filme teria um ar trágico se o enredo não fosse bem cuidado. A tragédia e a destruição estão presentes, mas sempre existe uma cena de otimismo que nos faz perceber que, mesmo na maior escuridão, existe uma ponta de luz como chama ardente (os fortes vão pegar essa referência).





 Já os monstros são mostrados como são: titãs poderosos, implacáveis e alheios à destruição que provocam. Todos eles? Não! O diretor trabalha Godzilla de maneira próxima aos filmes da série até nisso e, próximo ao embate final, fui pego torcendo pelo Gojira. Como ele trabalhou isso? Godzilla já possui um carisma para quem conhece a franquia, mas o diretor o trabalhou ao ponto de percebermos nele uma intenção de manutenção do equilíbrio da natureza, como se ele fosse um guardião do mundo. Quando ele, conscientemente ou não, salva um ônibus escolar de mísseis desgovernados, o diretor começa a nos mostrar um Gojira herói, como ele o é representado em diversos filmes da franquia. Se foi intenção dele salvar as crianças, ou se foi um movimento aleatório da cauda dele, o diretor não nos responde, ficando esta questão para que cada um de nós possa responder. Claro, depois disso ele parte a ponte ao meio, mas a cena em si fica registrada e as crianças salvas. A culpa é da marinha que ficou lançando mísseis! :) 







Já na questão do drama humano, em meio às batalhas dos monstros, o enredo optou por mostrar isso de uma maneira bacana. Eu gostei de terem usado duas gerações de protagonistas para o filme. Enquanto o drama inicia-se em uma geração e termina em outra, passando o bastão da sobrevivência de pai para filho, fica assim demonstrado o quão pequenos somos e quão breve é nossa vida. Um drama bem contado! As atuações ficaram legais também, pois conseguiram cativar algumas pessoas na sala, que respondiam ao drama com lágrimas. Sim, duas meninas choraram na sala do cinema.



E é nesse espírito que o filme vai até o seu fim. O close no Ken Watanabe, já nas cenas finais, e o evento que se sucede, é de tirar lágrimas de quem é fã da série. É uma alusão ao desejo de que o Japão se recupere dos desastres que afetaram a vida de milhares de pessoas. Gojira nesse momento é o Japão.  Uma consequência de um enredo bem trabalhado para criar um ar carismático a este lendário réptil!


Duas gerações!



O que eu achei ruim foi a opção do diretor em revelar o Godzilla de maneira lenta e gradual. Até o momento em que o protagonista (sim, ele é o protagonista) se exibe de maneira inteira, e dá aquele seu grito clássico,  já se passaram  muitos minutos do filme. Não contei, mas acho que foi quase uma hora. Para quem quer ver destruição e luta, isso deixa qualquer um frustrado. O embate dos monstros é muito postergado, para dar chance de desenvolver a história, e isso pode incomodar muita gente, porém, é necessário para que o filme possa ter maior profundidade e que possa representar algo para os cinéfilos.





No fim, eu aplaudi o filme e dou a ele 4 estrelas (ótimo)! Vá ver enquanto pode!

Godzilla arrasa nas bilheterias, com mais de 93 milhões de dólares nos EUA e 103 milhões de dólares ao redor do mundo, totalizando US$196.205.000,00. (Box Office Mojo)


Postagens mais visitadas deste blog

Ghost in the Shell

Máquinas vivas; Um fantasma surge; O homem virtual. Ghost in the Shell está mais próximo do que pensamos! 

Boushoku no Berserk

Berserk of Gluttony: Uma Série Que É Meu "Pecado"! Boushoku no Berserk (Berserk of Gluttony) - Pictures - MyAnimeList.net Fate é um jovem que acreditava ter uma habilidade inútil chamada "Gula", que o mantinha constantemente faminto. Ele era um vassalo em uma casa de cavaleiros sagrados, onde era tratado com desdém, nutrindo uma paixão secreta pela cavaleira Roxy Hart. Ela destaca-se como a única guerreira nobre em um mundo dominado por cavaleiros que abusam de seu poder para oprimir o povo. Quando Fate acidentalmente mata um ladrão enquanto ajuda Roxy, ele descobre que sua habilidade de "Gula" vai além do que parecia. Esse evento o faz perceber os aspectos positivos e negativos de seu "pecado". Comprometido a proteger Roxy, ele decide usar seu poder em prol da casa daquela que sempre o tratou com humanidade e respeito. Baseada em uma novel escrita por Ichika Isshiki , com arte de fame , "Berserk of Gluttony" é serializada desde 2017,

Ciclos de revolução: A Quarta Revolução!

Ciclos de Revolução: A Quarta Revolução Revisão: ChatGPT Estamos vivenciando a quarta revolução industrial/tecnológica, e muito tem sido discutido sobre os potenciais danos que esta revolução pode causar ao tecido social, incluindo desemprego e outras adversidades. Procuro refletir sobre o futuro com base no passado, observando no presente os mesmos receios que nossos antepassados enfrentaram nas três revoluções industriais anteriores. Começo com uma conversa que tive com uma taxista, para então discorrer sobre algumas das revoluções passadas. Durante uma parada em uma lanchonete que estava instalando terminais de autoatendimento no último ano, tive uma conversa: “Taxista: --- Estão instalando essas máquinas para substituir trabalho humano. Muitos caixas estão perdendo seus empregos. Isso é o capitalismo! Eu: --- Por outro lado, a tecnologia, ao eliminar um posto de trabalho (caixa de atendimento), cria outras necessidades. A lanchonete precisará de profissionais para manutenção de sof