O que é essa maldição? Eu penso comigo mesmo como poderia ter sido tão feliz e, ao mesmo tempo, tão cruelmente torturado. Quando eu a vi passar pelos campos do castelo, me impressionei com a beleza que deixava o próprio Sol envergonhado. Quando estava de vigia na torre, a via em confidências com a Lua. Os pássaros, corvos e corujas pareciam render-lhe graças. Em um dia de outono, minha espada se mostrou útil. Atacada enquanto caminhava pela estrada real, seus guarda-costas, eunucos, rapidamente foram derrotados por uma vil criatura. Eles não tinham o que era preciso para defendê-la. Eu a vi por acaso, quando retornava de meu treino matinal com a espada, ao lado de meu fiel pai. Meu pai, guarda real de confiança de um nobre conde, foi o primeiro a pressentir o perigo e a se dispor a ajudar. Eu não tinha tanto fôlego, mesmo sendo mais jovem, pois ele defendia a nobreza com um espírito incorruptível. Para ele, os nobres eram passageiros, mas a realeza parecia ser um estado de espírito per...
Pensamentos de Ratinho! Passaram-se dois anos depois da invasão das cobras venenosas em meu cubículo. Naquela época, tomei-me por um temor de que fosse culpa do cientista, pois eu, com meu pequeno raciocínio de ratinho, já sabia que as cobras cobiçavam meu espaço. Com meu pequeno raciocínio de ratinho, eu já alertava o cientista de que as cobras queriam invadir. E eu alertava o cientista, mas ele permanecia em silêncio. E eu alertava ardentemente, mas a resposta do cientista era o silêncio. Em meu cubículo, eu residia com um velho caranguejo que visitava as cobras com certa frequência. Ele, de forma inocente, achava que sua couraça o protegeria dos venenos. Que as cobras nada fariam contra ele. Era de uma inocência triste. Quando eu falava com o caranguejo sobre meus temores, ele ria. O caranguejo velho também não acreditava que elas fossem capazes de fazer mal a nós. Quando a parede de vidro se estilhaçou, e as cobras avançaram contra nós, ele ficou perplexo. Foi tão vítima...