Carta de Despedida Queridos leitores, Escrevo estas linhas com o coração apertado, mas com a necessidade de ser transparente com todos vocês que me acompanharam ao longo desta jornada. Nos últimos anos, venho enfrentando uma série de problemas de saúde que exigem atenção integral e cuidados constantes. Entre eles estão o diabetes com componente autoimune, hipotireoidismo, hipercolesterolemia, imunodeficiência e osteoporose grave, que já resultou em fraturas. Esses desafios têm impactado profundamente minha rotina e minha capacidade de manter o ritmo de produção de conteúdo que sempre busquei oferecer aqui. Por isso, tomei a difícil decisão de dar uma pausa no blog. Não posso garantir quando — ou se — retornarei. Neste momento, minha prioridade precisa ser cuidar da minha saúde e buscar qualidade de vida dentro das limitações que enfrento. Quero agradecer imensamente a cada um de vocês que esteve comigo, que leu, comentou, compartilho...
Darling in the Franxx contra o aborto!
Spoilers!
Em uma análise final, reforço meu pensamento de que esta
série é uma das melhores séries de ficção já lançadas este ano. Confiram uma segunda opinião através do vídeo acima.
Algumas pessoas chiaram por causa de um fanservice (pilotagem) que, na verdade, fez parte do enredo. A pilotagem conjunta ocorre porque o robô necessita da junção física dos dois pilotos, mas a junção sexual lhe tira a sincronia. Achei incrível que o roteirista não fez isto para gerar polêmica, mas porque o enredo precisava chegar em um ponto: uma crítica social.
Algumas pessoas chiaram por causa de um fanservice (pilotagem) que, na verdade, fez parte do enredo. A pilotagem conjunta ocorre porque o robô necessita da junção física dos dois pilotos, mas a junção sexual lhe tira a sincronia. Achei incrível que o roteirista não fez isto para gerar polêmica, mas porque o enredo precisava chegar em um ponto: uma crítica social.
Em um determinado momento, Kokoro engravida. Neste momento,
nos é revelado que um dos motivos que forçava um piloto a não ter relações sexuais
era justamente porque isto tirava-lhe a capacidade de pilotar um Franxx. Em um
momento de crise, com uma guerra em curso, Kokoro teria que escolher entre
gerar um vida ou continuar com sua carreira. Eu confesso que fiquei com o
coração na mão. Justamente no final da série, veio esta bomba: Kokoro escolheria
abortar a criança? Seria uma reforço da
agenda liberal pró-aborto?
Toda vez que a Kokoro olhava para o seu robô, e refletia
sobre a vida sendo gerada dentro de si, eu tinha um sobressalto achando que ela
escolheria pilotar e eu teria que escrever um texto contando como o roteiro de
Darling traiu minhas expectativas.
Ainda bem, o roteiro optou pelo caminho natural e
conservador, isto é, da proteção da vida e Kokoro decidiu ter a criança. Como
todos sabem, pois já me expressei aqui sobre o tema, a questão do aborto não é
apenas a questão da liberdade da mãe, mas da proteção da vida de uma criança. E
uma criança é a garantia da continuação da espécie, além de tudo que já foi
frisado no meu texto “Carta Contra o Aborto[1]”.
O roteiro deixa isto bem claro: Kokoro deveria escolher entre a carreira e o
futuro da humanidade (o bebê) e ela escolheu abraçar o futuro da humanidade. Esta mensagem de Darling in The Franxx[2]
foi um alívio em tempos de lacração e do apoio que a agenda pró-liberal possui
e me confirmou esta como a melhor ficção lançada este ano, até o momento.
Se alguém estiver ofendendo esta série, pode ter certeza de
que é porque a série teve coragem para contrariar a agenda liberal. E o roteirista ganhou meu respeito! Assista via Crunchyroll!
[1]
Outros Papos: <http://www.outrospapos.com/2018/07/carta-contra-o-aborto.html>
[2]
Outros Papos: Darling in The Franxx: <http://www.outrospapos.com/2018/04/darling-in-franxx.html>