O regresso de Rio! Code: Box- Shadow Looming Over Millennium! Jogo disponível via PlayStore e Steam Rio é uma personagem que me cativou desde sua estreia no segundo arco da história principal, pois representa uma anti-heroína trágica que fez de tudo para proteger Kivotos. Quiseram os deuses do enredo que ela fosse adversária do Sensei naquele momento, mas muitos perceberam que ela, apesar do erro da abordagem do problema que era a Arisu, estava certa quanto aos seus medos. Isso moveu o coração de muitos jogadores que pediram aos produtores do jogo que dessem à Rio uma segunda chance. E essa chance finalmente veio! O evento em questão que disponibilizou Rio Tsukatsuki como personagem jogável em Blue Archive foi o "Code: BOX - Shadow Looming Over Millennium ~One Question and Two Answers~", lançado durante as comemorações do 4º aniversário do jogo, em janeiro de 2025, no servidor japonês, e posteriormente em julho de 2025 no global. Esse evento marca um momento pivotal, integ...
Pós-Impeachment? Chamem de volta a monarquia, ou o que seja!
Antes de mais nada, quero salientar que existe muita
confusão por parte da população brasileira sobre todo o processo de
impeachment. A primeira confusão é acreditar que quem defendeu o processo de
impeachment está defendendo o Temer. Errado. Para mim, ambos contribuíram para
a crise econômica, política e social. Ele deveria sair também. Ele era
Vice-Presidente durante todo este tempo. Acredito que a lei do impeachment
deveria ser válida tanto para o Presidente da República, quanto para seu vice
fazendo, desta forma, uma obrigação real para com a continuidade política, com penalidade de substituição através da
posse do presidente da Câmara/Senado/STF; ou a automática posse da chapa com o
maior número de votos durante a eleição; ou novas eleições. Infelizmente,
somente o Presidente da República está responsabilizado pela lei com a perda do
cargo e dos direitos políticos.
Temer Golpista?
Desta forma, chegamos ao segundo ponto. Seria, então, o
Temer um usurpador, um golpista? Seria, sim, se o impeachment fosse fraudulento
e se ele não fosse o próximo na linha de sucessão. Veja a lei.
LEI Nº 9.504, DE 30 DE
SETEMBRO DE 1997.
Art 1º As eleições para Presidente e
Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado
Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, no primeiro
domingo de outubro do ano respectivo.
Art. 2º Será considerado
eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta
de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 4º A eleição do Presidente importará
a do candidato a Vice-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à
eleição de Governador.
Em resumo, se votou na Dilma, votou no Temer também,
tornando-o o próximo na linha de sucessão, após afastamento da Presidente da
República. Com isso, ele não se torna golpista, apesar de ter contribuído para
a situação crítica que nos encontramos hoje, afinal, na ausência da Dilma (viagens) foi ele quem comandou o país.
O Impeachment até o presente momento
Assim, chegamos ao terceiro ponto que é o afastamento por
impedimento do presidente. O processo de impeachment foi baseado em pedido de
impedimento por obstrução da justiça (gravações da Dilma tentado proteger o
Lula do Moro; além da tentativa de colocar um ministro no STJ para tentar
barrar a Lava Jato- em investigação), corrupção e crime de responsabilidade
fiscal. Cunha recebeu o pedido de impeachment co todos estes pontos e deu continuidade apenas ao
processo por Crimes de Responsabilidade, ou seja, crimes baseados em análises de contas
do Planalto e reprovação de contas pelo TCU. Um inimigo assim é muito gente
boa. Como ele aliviou a barra da ex-presidente. Posteriormente, a pedido da
defesa, uma auditoria foi realizada por especialistas do Congresso Nacional e a
conclusão foi a identificação de atos omissivos e comissivos que contribuíram
para os rombos encontrados e contas maquiadas. Desta forma, foram comprovados os Crimes de
Responsabilidade pelos quais Dilma foi cassada.
O processo de impeachment seguiu seus passos, dando ampla chance de
defesa para a acusada, mostrando o funcionamento independente dos poderes da
República e dando força à nossa Democracia, mostrando ao povo que é possível
mudar a política através da manifestação popular. Assim sendo, o processo teve
motivo, foi democrático e independente, portanto, legal. Então, Temer, como
sucessor, em um processo legal, não torna-se golpista.
A Vez do STF
Com isso, chegamos ao quarto ponto. A polêmica sobre a
votação do impeachment no Senado e os recursos ao STF. A interpretação
gramatical, aliada à interpretação teleológica (interpretação que leva em conta
as consequências sociais que uma resposta jurídica terá sobre um tema proposto)
indicam que o correto seria o impedimento da presidente com a perda de seus
direitos políticos. O Senado fatiou a votação e feriu a Constituição Federal ao
afastar a presidente e não tirar dela os direitos políticos. Isso torna o processo inválido? Não, pois existem remédios para arrumar esta confusão criada pelos senadores.
E a decisão dos senadores não agradou nenhum dos lados (pró e contra
impeachment) e muitos recursos foram levados ao STF. A vergonha disso é que a
sessão do Senado foi presidida pelo presidente do STF, que não defendeu a CF,
provando má-fé ou incompetência e deixando o STF em um embaraço horrível. Como
eu afirmei no twitter, Lewandowski provou seu amor pelo PT e seu desprezo pela
CF. E o que acontecerá agora? Só Deus sabe! Existe uma expressão em Direito que
é a seguinte: Tudo pode. Nada pode.
Depende.
No caso do STF, acredito que o “tudo pode” é o mais possível
para exemplificar a confusão. Pode
anular a sessão do Senado? Pode! Pode anular apenas a segunda votação? Pode! Pode
anular a primeira votação e deixar a segunda? Pode! Pode não haver
interferência e deixar tudo como está? Pode! O STF está com esse embaraço todo
graças ao Lewandowski que não defendeu a CF quando teve a chance, ao presidir a
sessão do impeachment.
Muito tempo atrás, eu queimei a língua ao afirmar que o STF
não iria extinguir a Lei de Imprensa e o pleno do STF o fez. Agora, espero não
queimar a língua de novo, mas vou dar palpite baseado na interpretação
teleológica. Para evitar maior instabilidade social, não acho possível que o
STF vá anular a sessão do impeachment. Provavelmente os recursos serão
reconhecidos, mas negados em sua grande maioria e tudo será deixado como está,
porque dita a lei que o julgamento do presidente é competência do Senado e sua
decisão é unânime. E se anulassem a sessão do impeachment também estariam
afirmando que o Lewandowski não efetuou corretamente sua função.
Lei de Responsabilidade Fiscal
E, agora, pasmem e gritem e urrem! Após a condenação da
Dilma, Rodrigo Maia assinou a
alteração da lei de responsabilidade. Gabriela Mattos: “A alteração foi publicada, nesta sexta-feira, no Diário Oficial da
União, pelo presidente em exercício, deputado Rodrigo Maia (DEM), já que o
presidente Michel Temer está em viagem oficial na China. Na prática, a Lei
13.332 estipula que as novas regras de orçamento sejam alteradas sem a
aprovação do Congresso Nacional.”
Isso indica que a presidente era inocente e que o processo
era fraudulento? Não! Era crime durante a gestão dela e ela foi julgada por
ele, então, isso não indica a inocência da Dilma, mas uma possível culpabilidade de Temer
que não quis cair no mesmo erro e alterou a lei, através de um projeto de lei
da época da Dilma. Eu considero isso podre! A responsabilidade nos ombros do atual presidente é grande e ele deve se comportar a altura do desafio.
Manifestações
Então, ao sair para manifestar contra o Temer no domingo,
façam uma manifestação pacífica e justa com as ações cometidas. Por exemplo, ele
não é golpista, mas ajudou a afundar o país ao ser Vice-Presidente do Brasil no momento crítico e não ter feito nada pelo Brasil.
E sobre a corrupção e os erros dos políticos, é tanta sujeira que nós deveríamos repensar a nossa política. Sei lá, o que acham de discutirmos outro meio de representação popular?
E sobre a corrupção e os erros dos políticos, é tanta sujeira que nós deveríamos repensar a nossa política. Sei lá, o que acham de discutirmos outro meio de representação popular?