O regresso de Rio! Code: Box- Shadow Looming Over Millennium! Jogo disponível via PlayStore e Steam Rio é uma personagem que me cativou desde sua estreia no segundo arco da história principal, pois representa uma anti-heroína trágica que fez de tudo para proteger Kivotos. Quiseram os deuses do enredo que ela fosse adversária do Sensei naquele momento, mas muitos perceberam que ela, apesar do erro da abordagem do problema que era a Arisu, estava certa quanto aos seus medos. Isso moveu o coração de muitos jogadores que pediram aos produtores do jogo que dessem à Rio uma segunda chance. E essa chance finalmente veio! O evento em questão que disponibilizou Rio Tsukatsuki como personagem jogável em Blue Archive foi o "Code: BOX - Shadow Looming Over Millennium ~One Question and Two Answers~", lançado durante as comemorações do 4º aniversário do jogo, em janeiro de 2025, no servidor japonês, e posteriormente em julho de 2025 no global. Esse evento marca um momento pivotal, integ...
O processo autodidata
Desanuviou-se a questão
principal que necessitava responder. Graciliano Ramos obteve inspiração e
influência em diversos setores de sua vida, não sendo um ser solitário, mas uma
peça em um conjunto histórico e social brasileiro. Agora a questão é outra e
estou apreensivo, pois, se eu responder, vou parecer querer ser dono da verdade.
Faço-o com temores e ressalvas de ser mal compreendido. Estes temores me fazem
parar aqui. Não continuarei após estas linhas.
Essa questão foi levantada,
pois, para ele, autores não
necessitariam de uma sala de aula, citando exemplos de Graciliano Ramos e
Monteiro Lobato. A questão envolve o processo de autodidatismo.
Diz-se de ou pessoa que foi instruída por si mesma; que ou quem não teve a ajuda de um mentor. (Dicionário Online)
Eu não costumo acreditar em
um processo autodidata puro, porque o conhecimento tem sempre que partir de um
ponto, seja de um livro ou de um mentor, para se chegar ao sujeito que o está
querendo aprender. Diz-se de alguém autodidata que ele não frequenta uma sala
de aula, mas o autodidata possui professores, bem como uma sala de aula também.
Para que eles aprendam, existe a necessidade da busca pela informação e a
descoberta desta informação através das palavras de outrem. Este outrem
torna-se seu professor. Sua sala de aula, mesmo não sendo aquela definição clássica,
ainda existe, seja ela a biblioteca de Jerônimo Barreto (texto abaixo) ou a vida. Para cada aprendizado existe um professor e
uma sala de aula (ambiente).
Então, existe o indivíduo
que não teve ajuda de um mentor? Não. Existe uma pessoa que é instruída por si
mesma? Sim, todos nós. Somente com nossa anuência é que assimilamos informação.
O processo autodidata torna-se, assim, nebuloso, porque sempre existirá um
mentor e todos nós somos capazes de aprender, segundo nossa constituição física
e psicológica.
Então, porque a resistência
em acreditar que um ensino para autores funcione? Existiria alguma diferença?
Nenhuma! Acredito que ambas funcionem, e o grau de eficiência dependerá de o
quanto o estudante estará disposto a aprender segundo seu esforço. Eu acredito
que a mente brilhante necessite apenas despertar, não importando qual processo de despertar seja usado. O processo de aprendizado vai
de acordo com o estudante e o despertar vem com a informação.
Graciliano Ramos teve grandes
professores que falavam com ele através das linhas de seus livros, como Eça de
Queiroz. Considerando-o como um ser incluído em uma sociedade, a mesma o
formou, sendo sua professora e sua sala de aula. Não são imagens clássicas de "professor" e "sala de aula", mas servem ao propósito educacional como as imagens referidas aqui.
Já outros escritores
formaram-se em salas de aula convencionais e são grandes romancistas. Acredito
que o aprendizado em sala contribuiu para o sucesso de muitos. Cito aqui apenas
três autores que tenho certeza que a formação acadêmica contribuiu para se
sucesso: Stephen King estudou Letras e Inglês, formando-se
em 1970. Alexandre de Moraes é escritor especializado em livros jurídicos. Seu aprendizado foi
clássico, em sala de aula, e ele tornou-se um verdadeiro ícone dos estudos
jurídicos no país e um escritor renomado. Assim como Sônia Bibe Luyten que nos iluminou com textos brilhantes em Comunicação Social. Podem
não ser todos romancistas, mas são escritores.
A escrita é um ofício como
outro qualquer e necessita de conhecimento. Não importa de onde vem este
conhecimento, mas ele há de existir para que o ofício seja realizado da melhor
maneira possível. A sala de aula é uma questão relativa, o aprendizado é uma
questão subjetiva, e acredito que estes cursos possam formar ótimos escritores
ao despertar o interesse, aguçar a curiosidade e instruir.