Carta de Despedida Queridos leitores, Escrevo estas linhas com o coração apertado, mas com a necessidade de ser transparente com todos vocês que me acompanharam ao longo desta jornada. Nos últimos anos, venho enfrentando uma série de problemas de saúde que exigem atenção integral e cuidados constantes. Entre eles estão o diabetes com componente autoimune, hipotireoidismo, hipercolesterolemia, imunodeficiência e osteoporose grave, que já resultou em fraturas. Esses desafios têm impactado profundamente minha rotina e minha capacidade de manter o ritmo de produção de conteúdo que sempre busquei oferecer aqui. Por isso, tomei a difícil decisão de dar uma pausa no blog. Não posso garantir quando — ou se — retornarei. Neste momento, minha prioridade precisa ser cuidar da minha saúde e buscar qualidade de vida dentro das limitações que enfrento. Quero agradecer imensamente a cada um de vocês que esteve comigo, que leu, comentou, compartilho...
Em tempos antigos, caros leitores, eu tinha dois amigos, parceiros de fliperama. Eram realmente amigos do peito. Uma época tão antiga que o fliperama recém havia lançado o primeiro Mortal Kombat e Tartarugas Ninjas era um joguinho que atraía várias pessoas. Neste tempo maravilhoso, um destes amigos me disse: “Se a ciência provar que Deus não existe, eu vou acreditar!” Eu venerava este amigo pela inteligência e, naquela época, eu concordei com ele. Coisas de criança, mas, naquela época, aquilo parecia a frase mais sensata e lógica já dita. A ciência tinha, em mim, essa definição de que tudo comprovado cientificamente deveria, então, ser verdade, pois a ciência atesta tudo de maneira empírica. Ao ler uma obra de Popper, tão bem resumida em “ O que é Ciência ”, de Silvio Seno Chibeni (professor de Filosofia da Unicamp), que tive o primeiro choque. Acredito ter lido um dos primeiros textos de Popper em 1996. O professor assim descrev...