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Outros Papos indica: Howl's Moving Castle

Revisão: Copilot Sengoku Youko trouxe à tona muitas das minhas lembranças. Uma delas, que me enche de saudade, foi quando levei minha avó para assistir a Howl’s Moving Castle e testemunhei sua maravilha diante dos detalhes desse magnífico filme do grande mestre Hayao Miyazaki. Durante a semana de Sengoku Youko , aprendi uma lição importante sobre a brevidade da vida. Minha avó partiu há algum tempo, mas sua lembrança permanece forte em meu coração. Clique na imagem para comprar via Amazon. Data do print: 03/04/2024 Howl’s Moving Castle (ou O Castelo Animado em algumas traduções) é um filme de animação japonês lançado em 2004 , escrito e dirigido por Hayao Miyazaki . O filme é baseado de forma livre no romance homônimo de 1986 , escrito pela autora britânica Diana Wynne Jones . A história se passa em um reino fictício onde a magia e a tecnologia do início do século XX coexistem, em meio a uma guerra com outro reino. A protagonista, Sophie , é uma jovem chapelaria que é transformad

Consenso sobre o nazismo?


Assim como tento alertar para os perigos do comunismo, vejo que, apesar de todo o esforço de muitos influenciadores, a questão do nazismo continua sendo fonte de engano quanto à sua postura político-ideológica. Então, penso em deixar aqui elementos que possam provocar o questionamento e que te façam buscar por estas fontes e conhecer outras fontes de saber. Se você se interessar por estes pensadores, corra atrás! O nazismo é um terrível e mortal irmão do socialismo!


Consenso Acadêmico

O primeiro ponto que quero salientar e deixar uma discordância é quanto à postura de algumas pessoas, que pregam que há um consenso acadêmico quanto ao tema. Poderia expor, como exemplo, que o tempo, como questão física, era absoluto, até que Einstein concebeu a teoria da relatividade. Paul R Thagard, professor de filosofia, em seu texto Desafiando o consenso científico: Quando os especialistas estão errados? (clique e leia), assim explica: "atualmente a medicina trata úlceras eficazmente com antibióticos que eliminam as infecções bacterianas que, normalmente, são sua causa. Meu livro How Scientists Explain Disease (“Como cientistas explicam as Doenças”) conta a história de como dois obscuros médicos australianos derrubaram o que, até então, era a visão dos especialistas sobre as causas e tratamento das úlceras. (...)  No entanto, existem muitos casos na história da ciência em que o consenso científico entre os especialistas estava errado. Os exemplos incluem: As visões psicanalíticas freudianas das doenças mentais que foram dominantes nos anos de 1950, a perspectiva médica pré-1990 sobre as úlceras estomacais serem causadas por estresse e excesso de acidez, e a astronomia pré-copernicana que, confiantemente, colocava a Terra no centro do universo".


Luis Bento[1] é biólogo, Doutor em Ecologia (UFRJ) e ele demonstrou bem o que estou apontando aqui e negritei a parte mais importante: “Para mim, a união das palavras “consenso” e “ciência” é muito difícil. Concordo com o João, do Crônica da Ciência, que um consenso científico seria “(..) um conjunto de teorias ou teoria que a maioria de cientistas de uma determinada área suporta como sendo as melhores nessa mesma área, num dado momento”. O problema neste caso, está relacionado a como este “consenso” é transmitido para o público geral. Sendo assim, toda e qualquer notícia relacionada a estudos científicos deve ser encarada não como uma verdade absoluta, mas como um argumento, uma idéia, que pode ser mais ou menos plausível, dependendo do caso.

Como já falei aqui no blog, um pesquisador grego revelou este ano que um terço de estudos publicados em periódicos como Science e Nature foram refutados por outros estudos em uma pequena escala de tempo. Notícia bombástica? Não. Apenas uma mensuração de como o “consenso” científico é algo mutável. A menos de duas semanas atrás, o periódico de grande prestígio PNAS publicou um artigo que coloca esta discussão em um novo patamar. Umas das mais importantes premissas do IPCC foi questionada, mostrando que nem um dos maiores “consensos científicos” atuais pode ficar isento de críticas.”

Enfim, o consenso acadêmico pode, muitas vezes, representar um bando de gente pensando errado e ao mesmo tempo. Além disso, ao pregar um certo consenso, o interlocutor quer apenas evitar ser contestado. E não existe consenso, a saber, quanto a este tema controverso. Assim como existem muitos acadêmicos que defendem uma coisa, outros defendem coisa contrária. Em Humanas, sou formado nessa área, é que fica ainda mais difícil chegar em um consenso, pois não existe exatidão matemática, apenas diversas interpretações. Resumindo, se você acreditou que existe um consenso, pense duas vezes. Você caiu na lábia do outro debatedor. Nem mesmo a canja de galinha e o ovo são consensos entre os médicos, o que dirá uma monstruosidade genocida, como o nazismo, para o estudo acadêmico?

Vou deixar aqui diversos acadêmicos que provam que esse consenso não existe e que a melhor interpretação para essa análise, isto é, de que o nazismo e o socialismo são próximos, passa pela análise de seu comportamento econômico, de sua base literária, de seus discursos diários, e das pessoas que viveram na época e interagiam com esses monstros. Sim, minha opinião, aqui exposta com estes dados, indica que socialismo e nazismo são irmãos.


O modelo econômico nazista

George Reisman[2] é um acadêmico, professor emérito de economia (Ph.D) e escreveu livros sobre o modelo socialista, ou seja, mais do que ninguém ele conseguiu explicar as palavras de Mises quanto ao tema. Ele é uma prova de que o pretenso consenso não existe. Segundo ele:

“Não obstante, além de Mises e seus leitores, praticamente ninguém pensa na Alemanha Nazista como um estado socialista. É muito mais comum se acreditar que ela representou uma forma de capitalismo, aquilo que comunistas e marxistas em geral têm alegado. (...) O que Mises identificou foi que a propriedade privada dos meios de produção existia apenas nominalmente sob o regime Nazista, e que o verdadeiro conteúdo da propriedade dos meios de produção residia no governo alemão. Pois era o governo alemão e não o proprietário privado nominal quem decidia o que deveria ser produzido, em qual quantidade, por quais métodos, e a quem seria distribuído, bem como quais preços seriam cobrados e quais salários seriam pagos, e quais dividendos ou outras rendas seria permitido ao proprietário privado nominal receber. (...) Como Mises demonstrou,  para lidar com os efeitos indesejados decorrentes do controle de preços, o governo deve abolir o controle de preços ou ampliar tais medidas, precisamente, o controle sobre o que é produzido, em qual quantidade, por meio de quais métodos, e a quem é distribuído, ao qual me referi anteriormente. A combinação de controle de preços com estas medidas ampliadas constituem a socialização "de fato" do sistema econômico. Pois significa que o governo exerce todos os poderes substantivos de propriedade.

Este foi o socialismo instituído pelos nazistas. Mises o chama de modelo alemão ou nazista de socialismo, em contraste ao mais óbvio socialismo dos soviéticos, ao qual ele chama de modelo russo ou bolchevique de socialismo. (...) Já os nazistas, em geral não tiveram que matar para expropriar a propriedade dos alemães, fora os judeus. Isto porque, como vimos, eles estabeleceram o socialismo discretamente, por meio do controle de preços, que serviu para manter a aparência de propriedade privada. Os proprietários eram, então, privados da sua propriedade sem saber e, portanto, sem sentir a necessidade de defendê-la pela força.

Creio ter demonstrado que o socialismo — o socialismo de verdade — é totalitário pela sua própria natureza.”

O socialismo tem como adversários a propriedade privada, a liberdade, o lucro e o poder do indivíduo. Um Estado socialista é autoritário e Mises comprovou que o Nazismo possuía o autoritarismo em sua forma mais perversa.

Os livros de Goebbles e o discurso de  Hitler

Joseph Goebbles[3] foi ministro da Propaganda Nazista e conheceu o socialismo através de um amigo de faculdade. Segundo conta a enciclopédia Britannica: “During his university days, a friend also introduced him to socialist and communist ideas (...) In the autumn of 1924 Goebbels made friends with a group of National Socialists. A gifted speaker, he became the district administrator of the Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (NSDAP; National Socialist German Workers’ Party) in Elberfeld and editor of a biweekly National Socialist magazine. In November 1926 Hitler appointed him district leader in Berlin. The NSDAP, or Nazi Party, had been founded and developed in Bavaria, and, up to that time, there had been practically no party organization in Berlin, the German capital. Goebbels owed his new appointment to the prudent choice he made in a conflict between Gregor Strasser, representing the “left-wing” anticapitalist faction of the NSDAP, and the “right-wing” party leader, Hitler. In this conflict, Goebbels displayed opportunism by taking Hitler’s side against his own inner convictions”.

Ele construiu toda a propaganda nazista, sendo um de seus influenciadores. Há quem diga que ele estudou o socialismo para combatê-lo, entretanto, assim como o historiador escreveu em sua enciclopédia, ele não apenas estudou, mas se filiou, tornou-se orador e implementou no nazismo elementos socialistas que estudara em seu tempo de faculdade. Seus livros.

Já Hitler afirmou em discurso, segundo George G. Watson que é historiador e professor de inglês, em seu texto Hitler: o marxista heterodoxo que tentou implantar a utopia socialista, afirmou: “A alegação de que Hitler não poderia ser um socialista porque ele defendeu e praticou um genocídio, portanto, é uma falha monumental que ignora a história. Somente os socialistas defendiam ou praticavam genocídios naquele período, e Hitler sabia disso. Em seu famoso discurso “Por Que Somos Antissemitas“, feito a uma plateia de 2000 pessoas do Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) no dia 15 de agosto de 1920, em Munique, Hitler afirmou: “Somos socialistas e, portanto, devemos ser necessariamente antissemitas porque queremos lutar contra o exato oposto (do socialismo): o materialismo e o mamonismo”. A plateia irrompeu em aplausos. Hitler continuou: ‘Como é possível não ser antissemita quando se é um socialista! Haverá um dia em que será óbvio que o socialismo só pode ser implantado se estiver acompanhado do nacionalismo e do antissemitismo. Os três conceitos estão conectados de forma inseparável. Eles são a base do nosso programa e, por isso, nos chamamos nacional-socialistas!’[4](...) Essa era a visão nacional-socialista, vulgo nazista. Ela chegou a ser sedutora, e, ao mesmo tempo, nova e tradicionalista. Como todas as visões socialistas, ela se considerava moral, com políticas econômicas e raciais supostamente baseadas em leis morais universais. E se ainda restarem dúvidas sobre isso, sempre podemos recorrer ao diário de Goebbels, que em 16 de junho de 1941 – cinco dias antes do ataque de Hitler à União Soviética – exultou, na privacidade de seu diário, que o nazismo iria vencer os “bolcheviques judeus” na Rússia para implantar Der echte Sozialismus – o verdadeiro socialismo. Goebbels certamente era especialista em mentiras, mas não havia motivo para mentir em seu próprio diário. E até o fim da vida, assim como Hitler, ele acreditou que o nacional-socialismo era nada mais do que o seu próprio nome diz: socialismo!”

Assim, de forma precisa e histórica, traçamos a influência socialista no pensamento dos dois líderes mais terríveis da Alemanha nazista e como os livros da ideologia comunista influenciaram o comportamento e decisões desses dois.


Nazismo e outras considerações

Flavio Morgenstern, em seu texto Resposta ao textículo do militante do PSOL no blog do Guga Chacra sobre “nazismo ser de direita”: “Sem entender de onde o Terceiro Reich tirou suas idéias, seu modelo, como o aplicou, por que usava tais nomes, tais símbolos, o que significam palavras que tanto usamos sem auscultar-lhes o significado (de Terceiro Reich a Führer), resta tão somente fazer comparações com regimes que não são o nazismo, tão somente com o fito de fazer adversários políticos que detestam o nazismo parecerem meio nazistas.”

Esse é o ponto crucial de toda essa discussão: vendo-se muito próximo do nazismo, o socialismo tenta dissuadir seu público para, dessa forma, evitar perder votos.

Leia também:

O que Mises pensava sobre o Nazismo, um outros resumo interessante da obra de Mises[5].
Fundamentos Técnicos e Demonstração Científica – Nazismo é de Esquerda[6]










[1] Discutindo Ecologia,
 lido em 21/12/2018 em: <http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2008/10/critica-ao-consenso-cientifico/>
[2] Por que o nazismo é socialismo e por que o socialismo é autoritário, lido em 21/12/2018, em: < https://mises.org.br/Article.aspx?id=98>
[3] Enciclopédia Britannica, lido em 21/12/2018, em:
 < https://www.britannica.com/biography/Joseph-Goebbels>
[4] Lido em: < http://www.ilisp.org/artigos/hitler-o-marxista-heterodoxo-que-tentou-implantar-utopia-socialista/>
[5] Ilisp, lido em 21/12/2018, em: < http://www.ilisp.org/artigos/o-que-mises-pensava-sobre-o-nazismo/>
[6] Instituto Liberal, lido em 21/12/2018, em:
 < https://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/fundamentos-tecnicos-e-demonstracao-cientifica-nazismo-e-de-esquerda/>

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