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Persona 3 Tanka

A dor se esvai;  O mal não mais reinará;  Cigarras cantam; Estou sempre contigo;  Amor vibra nos festivais.  Um tanka em homenagem ao jogo Persona 3 Reload. Data do print: 17/03/2024

The Walking Dead- análise dos 4 primeiros capítulos da 2ª temporada!

THE WALKING DEAD- 2ª TEMPORADA

O texto possui spoilers, deixe de ler aqui se desejar!



Estreou, cerca de 4 semanas atrás, na Fox (SD e HD) a segunda temporada de The Walking Dead. Para quem não acompanhou a primeira temporada, aqui está um esboço do que a série apresentou: o policial Rick Grimes, após um acidente que o deixou em coma, acorda no fim de uma guerra entre zumbis e seres vivos. Adivinhem quem ganhou? Pois neste mundo apocalíptico, Grimes, sua esposa e filho, além de alguns colegas, tentam sobreviver ao caos, aos zumbis e aos vivos. Uma verdadeira terra de ninguém. O enredo desta primeira temporada passa do sensacional, ao mediano, em simples capítulos. Inicia-se com a tentativa de sobrevivência do personagem principal, seguido de sua união aos colegas e familiares, mas os capítulos finais beiram a enredo de novela, com direito a triângulo amoroso. Passa do suspense/terror ao drama em poucos capítulos. Não é uma mistura bem feita, mesmo assim, a série é um marco, pois foi a primeira vez que uma série de televisão apresentou uma proposta séria ao tema e tornou o mundo de The Walking Dead muito crédulo aos nossos olhos.

 

Já a segunda temporada dá sequência a esta trama com enfoque no suspense e ótimos diálogos. Eu tinha medo que o drama fosse reinar no enredo de forma a obscurecer o que de fato queríamos assistir- zumbis- mas estes 4 primeiros capítulos mostram uma ótima mistura. Antes de comentar o enredo, comento brevemente que a parte técnica está muito bem trabalhada. Os zumbis estão muito bem caracterizados com suas feridas, sangue e membros faltantes. Tem direito até a zumbi enforcado em árvores e ainda querendo morder para saciar sua fome. A música ainda segura o clima de suspense e a direção está escolhendo sequências diferentes das que estamos acostumados, tanto em câmera como em enredo e, falando em enredo, o parágrafo seguinte inicia minha análise.

 

[caption id="attachment_218" align="alignleft" width="268" caption="Zumbi mal educado mostrando a língua!"][/caption]

O enredo começa quando a viagem de Grimes e Shane, e os outros, é interrompida com um ataque de zumbis que separam o grupo, deixa um membro desaparecido e outros 4 impossibilitados de prosseguir. Bom, não necessariamente o ataque inicial, mas a sequência de fatos que são gerados com isso, em um ótimo efeito cascata. O suspense não deixa o ar e nem o enredo perde-se em dramas desnecessários. Tudo é tenso, muito bem dosado e a atuação convence bem. A noite parece eterna, constante e nos dá a noção de obscuridade que os diálogos necessitam. Um dos membros precisa de uma cirurgia, provocando um diálogo sensacional sobre sobreviver ou deixar-se abater. Tema que é abordado por outros personagens da trama, dando sequência ao último capítulo da primeira temporada de forma a deixar tudo bem definido. Eles querem sobreviver, ou não? Vão deixar-se abater? Por incrível que pareça, foi justamente o personagem que necessita de cirurgia que define todas as respostas necessárias a estas perguntas, com um simples apelo de sua inocência juvenil, em um diálogo simples sobre um cervo.

 

[caption id="attachment_219" align="alignright" width="275" caption="O clímax até aqui!"][/caption]

Aliás, foi este personagem que, com uma simples atuação, me provocou o maior susto até agora, ao ter uma convulsão. Parecia o fim de todas as respostas e uma sensação de que tudo, até aquele momento, havia sido inútil. E isso com uma atuação bem simples. Até parece brincadeira minha, ao escrever isso sobre uma série de televisão sobre zumbis, mas tudo na tela parece real, tanto da parte técnica, quanto da narrativa. As escolhas são provocativas e instigantes e não nos deixam esquecer de que aquela terra apocalíptica não possui regras, a não ser a regra de preservar seu grupo e as pessoas que se ama. Que se faz tudo pelo grupo e que atitudes, que antes poderiam parecer condenáveis, nesta realidade são até aceitáveis se levarmos em conta que a sociedade já não existe e que o grupo passou a ser o elemento essencial da sobrevivência, assim como era no passado, antes das tribos se unirem em cidades. É o grupo que deve sobreviver e isso ainda vai causar, espero realmente, muitos conflitos.

 

Enquanto a primeira temporada deu o passo inicial e foi importante para definir toda essa realidade que se apresenta agora, a segunda temporada vai além e mostra uma realidade ainda mais assustadora, tensa e dramática. Se a primeira temporada foi 3 estrelas, a segunda é, de fato, 4 estrelas! Não dou 5 porque faltam muitos capítulos ainda para assistir.





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